Promotoria acredita que menor explorada sexualmente sofra ameaça

A Justiça vai recorrer ao serviço de proteção a testemunha para garantir a segurança daadolescente de 13 anos que diz ter sido explorada sexualmente em Ipiguá

Promotoria acredita que menor explorada sexualmente sofra ameaça -

Redação Publicado em 02/08/2016, às 00h00 - Atualizado às 09h30

Justiça vai recorrer ao serviço de proteção a testemunha.
Lista de abusadores tem político, médico, entre outros; caso foi em Ipiguá.

A Justiça vai recorrer ao serviço de proteção a testemunha para garantir a segurança daadolescente de 13 anos que diz ter sido explorada sexualmente em Ipiguá (SP), já que ela estaria sofrendo ameaças. “Já tenho informações de possível coação de que a jovem está sofrendo para mudar o depoimento, já deixei claro que os investigados seriam monitorados e se tivesse situação de coagir a vítima iríamos tomar providências”, afirma o promotor da Vara da Infância e Juventude André Luís Souza.

A menor está em um abrigo em São José do Rio Preto (SP) desde que o esquema de exploração sexual foi descoberto. Nesta segunda-feira (1º), ela foi levada para prestar depoimento no Conselho Tutelar de Rio Preto. Quem conversou com ela foi o promotor da Vara da Infância e Juventude, André Luís Souza. “Iniciamos a segunda fase da investigação e estou a ouvindo para ver detalhes e linha de investigação. Ela manteve o depoimento e me deu mais detalhes e facilita agora a investigação”, afirma o promotor. Segundo o Ministério Público, ela poderá ser levada para um abrigo na capital.

Depois de conversar com o promotor da Vara da Infância e Juventude, a adolescente foi trazida para a Delegacia Seccional de Polícia, onde ela foi ouvida pela delegada da Delegacia de Defesa da Mulher.  As conselheiras tutelares de Ipiguá (SP) também estiveram no local e acompanham a adolescente desde o início das investigações.

Jovem foi explorada por quatro meses
(Foto: Reprodução/ TV TEM)

No fim da tarde desta segunda-feira, uma equipe da Delegacia de Investigações Gerais (DIG) chegou à seccional. Investigadores e três delegados, entre eles o responsável pelo inquérito que investigou a morte do delegado Guerino Solfa Neto. O crime era dado como solucionado e três suspeitos foram indiciados. Mas na semana passada a polícia abriu inquérito pra investigar a participação de Sílvia Melo, acusada de aliciar a menina de 13 anos que passou o dia prestando depoimentos. Sílvia Melo era namorada de Abner Calixto, acusado de atirar e matar o  delegado. “Eu me reservo ao direito de guardar sigilo, mas o depoimento da adolescente é rico em detalhes e vamos analisar a questão junto à polícia que conduz o inquérito”, diz o promotor. Existia a suspeita de que a menor estaria no local da morte do delegado, mas a polícia descartou.

Lista de ‘clientes’
O juiz da Vara da Infância e Juventude, Evandro Pelarin, já está com a lista dos supostos homens que pagaram para abusar sexualmente da adolescente. A lista tem médico, advogado, empresário, político e funcionário público. “Preocupa muito a situação, por isso que precisamos de uma investigação concreta porque há nomes de pessoas influentes na cidade, como político, comerciante e médicos da região”, afirma André Luiz de Souza, promotor da Infância e Juventude.

O juiz disse que pedirá a prisão de quem tentar obstruir a investigação. “Muito importante dizer que se houver manifestação dos suspeitos em chegar perto da menina, vamos entender como ameaça à investigação porque o caso é sério. A medida cabível de quem obstruir a investigação será a prisão”, afirma.

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