Promotor diz que não há como menor suspeita de abuso mudar denúncia

O promotor da Infância e Juventude de São José do Rio Preto (SP), André Luís Souza, afirmou que não há mais como algum suspeito tentar coagir a menor que diz

Promotor diz que não há como menor suspeita de abuso mudar denúncia -

Redação Publicado em 04/08/2016, às 00h00 - Atualizado às 17h48

Ela teria sido coagida e ameaçada para desistir da denúncia.
Menor diz ter sido explorada sexualmente por aliciadora em Ipiguá (SP).

O promotor da Infância e Juventude de São José do Rio Preto (SP), André Luís Souza, afirmou que não há mais como algum suspeito tentar coagir a menor que diz ter sido explorada sexualmente por uma aliciadora em Ipiguá (SP). A menor chegou a dizer que foi ameaçada e que ofereceram R$ 5 mil para ela tirar nomes de suspeitos e desistir da denúncia.

“Tomamos a cautela de ouvir a jovem em três oportunidades por causa da coação, não há mais como coagir a adolescente, oferecer dinheiro, porque nas três versões, tanto no envolvimento no caso da morte do delegado e da exploração sexual ela manteve a mesma declaração. Não há mais como ouvi-la de novo”, afirma o promotor.

De acordo com o Ministério Público, a próxima vez que ela deverá ser ouvida agora será pela Justiça da Infância e Juventude. A Polícia Civil e o promotor já tomaram os depoimentos dela e não tem como mudar a versão. “No momento que o delegado concluir o inquérito e se for oferecido denúncia, nós seguiremos o mesmo modelo. Então haverá representação tanto na Vara da Infância quanto na Vara Criminal”, diz o promotor.

A exploração sexual
A promotoria da Infância e Juventude de Rio Preto e a Polícia Civil estão investigando o caso de exploração sexual à menina de 13 anos em Ipiguá. Segundo a adolescente, os encontros eram marcados pelo celular da aliciadora, que seria Sílvia Melo. A maioria dos encontros teriam acontecido em um motel às margens da BR-153, entre Onda Verde (SP) e Ipiguá.

Promotor André Luís de Souza
(Foto: Reprodução/TV TEM)

A jovem conta que a mãe usa drogas e a expulsou de casa no começo do ano. Por isso, foi morar na casa do namorado, em Ipiguá, cidade com cerca de 5 mil habitantes. Mesmo com o fim do relacionamento, ela continuou na casa, mas foi obrigada pela mulher a fazer programas como forma de pagamento pela moradia.

Lista de ‘clientes’
Segundo as investigações, a lista dos supostos homens que pagaram para abusar sexualmente da adolescente tem nomes de médico, advogado, empresário, político e funcionário público.

O juiz  da Infância e Juventude de Rio Preto, Evandro Pelarin, disse que pedirá a prisão de quem tentar obstruir a investigação. “Muito importante dizer que se houver manifestação dos suspeitos em chegar perto da menina, vamos entender como ameaça à investigação porque o caso é sério. A medida cabível de quem obstruir a investigação será a prisão”, afirma.

Menor disse que teve de se prostituir para ficar na casa (Foto: Reprodução/ TV TEM)
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