Preso por ofensas racistas em biblioteca de SP já agrediu funcionária e ofendeu frequentadores por 5 anos

Segundo funcionários, ele já agrediu uma servidora no início do ano

Preso por ofensas racistas em biblioteca de SP já agrediu funcionária e ofendeu frequentadores por 5 anos - Imagem: Reprodução | Redes Sociais

G1 Publicado em 04/08/2022, às 09h01

O homem de 39 anos que foi preso na terça-feira (2) após fazer ofensas racistas e homofóbicas na Biblioteca Mario de Andrade, no Centro da capital paulista, ofendeu funcionárias e frequentadores por pelo menos 5 anos, segundo informou ao g1 o coordenador de comunicação da biblioteca, Bernardo Ceccantini.

Um vídeo que circula nas redes sociais registrou o momento em que o homem, identificado pela polícia como Wilho da Silva Brito, repetiu várias vezes que não gostava de negro. A Guarda Civil Metropolitana (GCM) foi acionada, e o homem foi encaminhado para a delegacia.

Nesta quarta-feira (3), ele passou por audiência de custódia e teve a prisão em flagrante convertida em preventiva, de acordo com o Tribunal de Justiça. O g1 tenta contato com a defesa de Wilho.

"O registro de ocorrências envolvendo esse usuário na Mário de Andrade começou em 2017. Ele sempre falava que era nazista, vinha com camiseta com suástica e fazia ofensas para funcionários e frequentadores negros, destratava eles. No começo do ano, chegou até a agredir uma das funcionárias e foi feito boletim de ocorrência. Chegou um momento em que não dava mais", disse Ceccantini.
Bernardo explica que devido às constantes ofensas, a Secretaria Municipal de Direitos Humanos e Cidadania foi acionada e todos os funcionários, junto com a ouvidoria, foram treinados sobre como a abordagem deveria ser feita para que o homem pudesse ser investigado pela polícia caso retornasse com agressões físicas e verbais.

"Até então não havia um vídeo que registrasse as falas dele e algo que provasse como ofendia negros. Foi orientado, então, que assim que ele começasse com as ofensas, falar imediatamente que o comportamento dele não era tolerado. E se ele fizesse mais declarações racistas, acionar a Guarda Civil e Polícia Militar".
 

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