Os celulares do advogado e da mulher foram apreendidos e serão encaminhados para a perícia. A polícia agora pretende pedir a quebra de sigilo de todos os envolvidos. Ao todo, 11 pessoas já foram ouvidas sobre o caso. A polícia ainda não tem data para terminar o inquérito.
A exploração sexual
A promotoria da Infância e Juventude de Rio Preto e a Polícia Civil estão investigando o caso de exploração sexual à menina de 13 anos em Ipiguá. Segundo a adolescente, os encontros eram marcados pelo celular da aliciadora, que seria Sílvia Melo. A maioria dos encontros teriam acontecido em um motel às margens da BR-153, entre Onda Verde (SP) e Ipiguá.
A jovem conta que a mãe usa drogas e a expulsou de casa no começo do ano. Por isso, foi morar na casa do namorado, em Ipiguá, cidade com cerca de 5 mil habitantes. Mesmo com o fim do relacionamento, ela continuou na casa, mas foi obrigada pela mulher a fazer programas como forma de pagamento pela moradia.
Lista de ‘clientes’
Segundo as investigações, a lista dos supostos homens que pagaram para abusar sexualmente da adolescente tem nomes de médico, advogado, empresário, político e funcionário público.
O juiz da Infância e Juventude de Rio Preto, Evandro Pelarin, disse que pedirá a prisão de quem tentar obstruir a investigação. “Muito importante dizer que se houver manifestação dos suspeitos em chegar perto da menina, vamos entender como ameaça à investigação porque o caso é sério. A medida cabível de quem obstruir a investigação será a prisão”, afirma. Durante depoimento, a menor disse para a polícia que um dos clientes teria oferecido R$ 5 mil para ela retirar a denúncia.