Dessa vez, ela foi convencida por motoristas e funcionários do terminal Cecap a entregar a chave e não sair dirigindo pela cidade. Imagens do circuito de segurança do ônibus, obtidas pela polícia, mostram a mulher sentada no banco do motorista por cerca de dois minutos e abaixando para ligar o ônibus.
Ela carrega uma lata de cerveja e uma garrafa de água. Após entregar a chave a um motorista, a mulher dá risada e sai do veículo.
“Ela falava que não ia entregar a chave, o negócio dela era dar mais uma volta de ônibus”, conta o motorista Miguel da Luz, o primeiro a conversar com a mulher.
Na primeira ação, a suspeita aproveitou que o motorista havia ido ao banheiro, deixou o ônibus ligado, e saiu do terminal dirigindo o veículo. O passageiro que estava a bordo tentou fazer com que ela parasse, mas instantes depois pulou do ônibus em movimento.
A mulher chegou a dirigir por 10 quilômetros e só parou quando bateu o veículo em um poste. Segundo a empresa de transporte, o prejuízo foi de R$ 100 mil.
Investigação
O delegado responsável pela investigação, Orli de Morais, falou nesta segunda-feira (30) que a mulher deve ser ouvida mais uma vez nos próximos dias. Ele não acredita que a moradora tenha algum problema que pudesse justificar esse comportamento.
“No primeiro, contra a empresa, ela foi indiciada, já acabei com o inquérito e ele está no judiciário. Ela foi indiciada por furto e dano. Furto em relação à empresa, e dano dos outros veículos que estavam no caminho que ela foi destruindo. Agora, tentativa de furto novamente”, afirma o delegado.
Segurança
O primeiro furto ocorreu quando o motor estava ligado e, a segunda tentativa, aconteceu depois que o motorista saiu e deixou a chave no contato.
Para evitar novas ações que prejudiquem o transporte, passageiros e funcionários, a empresa responsável pelo veículo vai reforçar a segurança.
“A orientação de não deixar o carro ligado na plataforma, quando o motorista estiver em seu horário de refeição, para que o carro fique em um local específico para isso, e que permaneça desligado e fechado”, explica o analista de tráfego, Nivaldo Filho.