MP pede prisão de envolvidos em exploração sexual de adolescente

O Ministério Público pediu à Justiça, na sexta-feira (5), a prisão preventiva de pessoas envolvidas na denúncia de exploração sexual de uma adolescente de 13

MP pede prisão de envolvidos em exploração sexual de adolescente -

Redação Publicado em 06/08/2016, às 00h00 - Atualizado às 16h22

O Ministério Público pediu à Justiça, na sexta-feira (5), a prisão preventiva de pessoas envolvidas na denúncia de exploração sexual de uma adolescente de 13 anos por uma aliciadora em Ipiguá (SP). O pedido foi feito pelo promotor da Infância e da Juventude de São José do Rio Preto, André Luís de Souza. Ele não revelou os nomes dos suspeitos nem o número de prisões que foram pedidas.

O caso veio à tona depois que o Conselho Tutelar de Ipiguá fez denúncia ao Ministério Público. A lista de nomes dos suspeitos é extensa e cita, inclusive políticos de Ipiguá. Se tudo for comprovado, até o crime de estupro pode entrar no processo. Na quinta-feira (4), a Polícia Civil ouviu um vereador de Ipiguá, um ex-vereador e um comerciante que são suspeitos de envolvimento no caso. Segundo a polícia, todos negaram envolvimento com a adolescente de 13 anos.

Elas fariam parte de uma lista de homens que teriam pago para fazer programas com ela. Constam também na lista um funcionário público, um médico e pessoas influentes na cidade.

Os encontros, segundo a adolescente, eram marcados por Silvia Melo, que também é investigada. O delegado José Augusto Fernandes recolheu os celulares dos suspeitos que estiveram na delegacia. A TV TEM entrou em contato com o advogado de Silvia, mas o celular dele estava desligado.

Menor diz dos R$ 5 mil que iria receber se mudasse
versão (Foto: Reprodução/ TV TEM)

Depois que o caso veio à tona, a adolescente disse que começou a ser coagida a mudar o depoimento por pessoas envolvidas na investigação. Uma delas, amiga da menor, foi ouvida na quarta-feira (3) e negou as acusações. A menor disse também queofereceram R$ 5 mil para ela desistir da denúncia.

Segundo André Luís Souza, promotor da Infância e Juventude, os depoimentos da menor ao Ministério Público não podem mais ser mudados. “Tomamos a cautela de ouvir a jovem em três oportunidades por causa da coação, não há mais como coagir a adolescente, oferecer dinheiro, porque nas três versões, tanto no envolvimento no caso da morte do delegado e da exploração sexual ela manteve a mesma declaração. Não há mais como ouvi-la de novo”, afirma o promotor.

Um dos suspeitos chega à delegacia para depoimento
(Foto: Reprodução/ TV TEM)

A exploração sexual
A promotoria da Infância e Juventude de Rio Preto e a Polícia Civil investigam o caso de exploração sexual à menina de 13 anos em Ipiguá. Segundo a adolescente, os encontros eram marcados pelo celular da aliciadora, que seria Sílvia Melo. A maioria dos encontros teria acontecido em um motel às margens da BR-153, entre Onda Verde (SP) e Ipiguá.

A jovem conta que a mãe usa drogas e a expulsou de casa no começo do ano. Por isso, foi morar na casa do namorado, em Ipiguá, cidade com cerca de 5 mil habitantes. Mesmo com o fim do relacionamento, ela continuou na casa, mas foi obrigada pela mulher a fazer programas como forma de pagamento pela moradia.

Menor disse que teve de se prostituir para ficar na casa (Foto: Reprodução/ TV TEM)
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