Médicos relataram que lesões em bebê morto são incompatíveis com queda, diz conselheira tutelar

A Polícia Civil de Marília (SP) investiga as circunstâncias da morte da garota Isabelle Fernandes, de 2 anos, que morreu na última quarta-feira (27) após ser

Médicos relataram que lesões em bebê morto são incompatíveis com queda, diz conselheira tutelar -

Redação Publicado em 29/09/2017, às 00h00 - Atualizado às 12h54

A Polícia Civil de Marília (SP) investiga as circunstâncias da morte da garota Isabelle Fernandes, de 2 anos, que morreu na última quarta-feira (27) após ser internada no último sábado (23) com várias fraturas pelo corpo e traumatismo craniano.

O padrasto, que cuidadava da menina no sábado, alega que ela passou mal após ingerir medicamentos e acabou caindo da cama, mas, depois ele mudou a versão e disse que na verdade ela teria caído de uma escada. No entanto, médicos que a atenderam afirmam que a menina tinha lesões incompatíveis com essa alegação.

A mãe e a avó da bebê já foram ouvidas pela polícia, que em breve deve ouvir o depoimento do padrasto, com quem a criança estava quando foi levada para o hospital.

Lesões não são de queda, diz médica que atendeu criança que morreu em Marília

O boletim de ocorrência registrado pelo Conselho Tutelar traz a versão de uma médica que atendeu a bebê informando que as lesões não poderiam ter sido causadas por uma queda. Isabelle ficou internada três dias na UTI do Hospital Materno Infantil, mas o quadro piorou e provocou complicações neurológicas graves e irreversíveis, de acordo com o hospital.

“Eles [médicos] relataram para mim que a questão da medicação não era compatível com os ferimentos que ela tinha, fratura, hematomas, e que havia suspeita de maus-tratos, negligência bem grave”, disse a conselheira tutelar Rosimeire Moreno Leal de Oliveira.

Segundo a mãe de Isabelle, que morava há apenas 20 dias em um conjunto habitacional na zona sul de Marília, junto com a filha e o padrasto da menina, no último sábado ela foi trabalhar e deixou a criança em casa com seu companheiro.

A conselheira tutelar Rosimeire Moreno Leal de Oliveira, que registrou o boletim de ocorrência, diz que médicos indicaram possível caso de “maus-tratos e negligência bem grave” (Foto: Reprodução / TV TEM)

Em seu depoimento à polícia, a mãe de Isabelle conta que o padrasto ligou no trabalho dela para relatar que a menina havia ingerido alguns remédios e não estava bem. Uma hora depois, voltou a ligar informando que garota estava com “olho virado e tremendo”.

Ainda segundo o depoimento da mãe da menina, o padrasto logo depois disse ainda que a menina havia caído da cama e depois teria dito que queda foi de uma escada.

Isabele deu entrada no hospital com suspeita de intoxicação por medicamentos, mas a história não convenceu os médicos, que perceberam alguns ferimentos espalhados pelo corpo. O Conselho Tutelar foi acionado e, diante das suspeitas, registrou um boletim de ocorrência.

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