O julgamento do crime que chocou Tabapuã (SP), em abril deste ano, está sendo realizado nesta quinta-feira (17) na Câmara de Vereadores da cidade. O lavrador
Redação Publicado em 18/08/2016, às 00h00 - Atualizado às 14h31
O julgamento do crime que chocou Tabapuã (SP), em abril deste ano, está sendo realizado nesta quinta-feira (17) na Câmara de Vereadores da cidade. O lavrador Emerson dos Santos é acusado de matar a ex-namorada e a mãe dela, a facadas. O júri popular que vai decidir o destino dele e testemunhas de defesa e de acusação serão ouvidas durante todo o dia. A expectativa é que o julgamento termine apenas no fim da noite.
As galerias e o plenário da Câmara foram adaptados para receber o júri popular. O local foi sugerido pela própria Justiça já que o fórum da cidade não teria espaço suficiente para receber tanta gente. Além dos jurados e suplentes, estudantes de direito também se inscreveram para acompanhar o julgamento.
A imprensa só foi autorizada a mostrar o local antes. As ruas ao redor foram interditadas e moradores acompanharam de perto toda a movimentação, enquanto esperavam pelo julgamento do crime que chocou a cidade.
Tudo aconteceu em abril deste ano, quando Emerson, de 22 anos, foi até a casa da ex-namorada e matou a mãe dela que estava dormindo a facadas. Ele ainda esperou a ex chegar e com golpes de faca, também tirou a vida da jovem.
O acusado estava preso no Centro de Detenção Provisória de Taiuva (SP). Ele chegou para o julgamento escoltado pela polícia. O advogado de defesa André Luiz diz que o Emerson reconhece o erro, mas pede uma pena justa. “Temos jurados íntegros e que devem acima de tudo ver pela realidade e pelo bom senso, e não pelo clamor da população que se formou”, afirma.
Além da juíza, seis jurados que foram escolhidos durante sorteio vão decidir se condenam ou absolvem o réu. A promotora Bruna Buck Muniz, responsável pela acusação, pede pena máxima. “A promotoria vai defender o duplo homicídio com quatro qualificações, como requinte de crueldade, dificuldade de defesa das vítimas, motivo torpe e homicídio cometido contra mulher. A pena seria em torno de 25 a 30 anos, mas vamos brigar por uma pena maior”, afirma a promotora.
Entenda o caso
Mãe e filha foram mortas a facadas no dia 2 de abril depois que o lavrador Emerson dos Santos, de 22 anos, entrou na casa pela porta da frente e cometeu o duplo assassinato. O suspeito confessou o crime e disse que teria sido por ciúme.
Após invadir a residência, ele teria ido até um quarto nos fundos da casa e matado a ex-sogra Isaura Medeiros com golpes de faca enquanto ela dormia. Já a segunda vítima, Thaina Kamila Batista, ex-namorada dele, foi surpreendida quando chegou em casa durante a madrugada de domingo (3).
A Polícia Civil fez a reconstituição do crime no dia 7 de abril. O suspeito de matar mãe e filha voltou à cena do crime e contou detalhes de como tudo aconteceu. De acordo com o delegado responsável pelo caso, Márcio Acácio, o que mais chamou a atenção durante a reconstituição foi a frieza de Emerson ao relatar os detalhes do crime.