A Justiça revogou nesta quarta-feira (19) o mandado de prisão da advogada de Santa Fé do Sul (SP) acusada pelo Ministério Público de ficar com o dinheiro de
Redação Publicado em 20/07/2017, às 00h00 - Atualizado às 13h55
A Justiça revogou nesta quarta-feira (19) o mandado de prisão da advogada de Santa Fé do Sul (SP) acusada pelo Ministério Público de ficar com o dinheiro de indenizações de vários clientes que nunca contrataram o serviço dela. A nova decisão saiu após a Justiça determinar a prisão da suspeita.
Na nova decisão, a Justiça aceitou os argumentos da defesa de Júlia Voltolini Caparroz de que ela não está foragida, que tem endereço fixo e que vai colaborar no processo. A advogada, que responde a mais de 30 processos por fraude, está morando no Rio Grande do Norte. A Justiça, porém, proibiu a advogada de mudar de endereço ou se ausentar de casa por mais de oito dias.
Segundos os processos, a advogada usava nome de várias pessoas que nem a conhecia para entrar com ações de indenização por danos morais. As indenizações normalmente são inferiores a R$ 20 mil, por isso os processos vão para a Justiça Especial, conhecida também como “pequenas causas”.
Neste tipo de tribunal, o autor da ação normalmente não precisa comparecer às audiências, somente o advogado. Depois que ganhava as ações, a advogada não repassava o dinheiro para os verdadeiros donos. Na Polícia Civil mais de 100 inquéritos investigam a participação dela nesse esquema.
O Ministério Público de Rio Preto entrou na Justiça contra outros advogados pelo mesmo tipo de conduta, que estão respondendo formação de quadrilha, fraude processual, estelionato e apropriação indébita.
Advogada é apontada pela Justiça como a maior fraudadora no Estado contra a Justiça Especial (Foto: Reprodução/TV TEM)