Homem que ‘dedurou’ blitze da PM no WhatsApp é solto: ‘Era para não levar carro do trabalhador’

Depois de pagar fiança de um salário mínimo, o homem preso por “dedurar” locais de blitze feitas pela Polícia Militar em Meridiano (SP) foi solto na quarta-feira (4) e responde por crime contra a segurança pública.

O homem, que não tinha passagem pela polícia, vai responder também por receptação, pois o celular que era utilizado para fotografar a ação da PM era furtado.

“O intuito mesmo era informar as pessoas que estão irregulares, sem habilitação, com a documentação do carro atrasada. Para eles [os policiais] não levarem o carro do trabalhador. Não foi para alertar bandido. Nunca imaginei que uma simples foto poderia me deixar preso. Eu fiquei assustado, não sabia o que fazer”, diz o rapaz que não quis se identificar.

O rapaz fotografou uma blitz e compartilhou a imagem nas redes sociais e em grupos de WhatsApp. No entanto, uma das pessoas que viu a imagem, acionou a polícia e denunciou o crime. Os policiais localizaram o suspeito e o levaram para a delegacia.

“Com a divulgação pelas redes sociais de que havia uma blitz pela Polícia Militar, informando data, local e alertando para que desviassem do local veio a frustrar o trabalho dos policiais militares”, afirma a delegada Maristela Marques Dias.

De acordo com a Polícia Militar, atitudes como a do rapaz podem levar à prisão e atrapalhar as ações da polícia.

“Além de fiscalizar, a gente procura verificar a parte administrativa e o que há de ilícito no veículo, como um criminoso, uma pessoa procurada pela justiça, uma arma. Então quando se divulga este tipo de ação, em tese a gente facilita a vida do criminoso”, conclui o tenente da PM Fernando Ferrarez.