Ex-delegado suspeito de estuprar neta é preso em Itu

O ex-delegado Moacir Rodrigues de Mendonça foi preso nesta quinta-feira (20) em Itu (SP). Ele foi condenado a 18 anos e 8 meses em regime fechado pelo crime

Ex-delegado suspeito de estuprar neta é preso em Itu -

Redação Publicado em 21/07/2017, às 00h00 - Atualizado às 13h53

Moacir Rodrigues de Mendonça foi condenado a 18 anos e 8 meses em regime fechado. Crime teria ocorrido em 2014 em hotel de Olímpia.

O ex-delegado Moacir Rodrigues de Mendonça foi preso nesta quinta-feira (20) em Itu (SP). Ele foi condenado a 18 anos e 8 meses em regime fechado pelo crime de estupro contra a neta.

O crime teria acontecido em setembro de 2014, em um hotel na cidade de Olímpia. Os dois foram até a cidade passar um fim de semana no local. O convite partiu do avô, na época com 62 anos.

O combinado era de que ele ria com a neta, a irmã dela e uma irmã dele, mas na última hora ele decidiu viajar só com a menor, que na época tinha 16 anos.

O mandado de prisão foi expedido na última terça-feira (18) pela Vara Criminal de Olímpia. À TV TEM, o advogado de defesa de Moacir disse que ele foi levado para o presídio da Polícia Civil em São Paulo. O ex-delegado ainda pode recorrer do caso, que corre em segredo de Justiça.

MP recorre ao TJ após delegado suspeito de abusar da neta em Olímpia ser solto

Em 2016, o Ministério Público recorreu ao Tribunal de Justiça da sentença que absolveu o delegado. A mãe da adolescente também pediu para a advogada da família contestar a decisão do juiz de Olímpia.

Relembre o caso

A jovem contou à TV TEM que já na primeira noite da viagem em 2014 foi obrigada a ter relação sexual com o avô. “Ele me puxou pelo braço e me jogou na cama, eu fiquei muito assustada. Senti muito medo, porque eu nunca iria imaginar que ele ia fazer esse tipo de coisa.”

Na segunda noite, o avô, segundo a jovem, tentou de novo, mas dessa vez ela conseguiu se livrar dele. “No segundo dia ele tentou, e eu empurrei ele, ele falou que queria se despedir de mim, porque no outro dia a gente ia embora, e eu fiquei entre a cama e a escrivaninha, encolhida, ele comprou um celular para mim e falou que era pra ficar entre eu e ele e que se eu falasse alguma coisa, ele ia falar que eu era louca”, afirma.

Durante 20 dias, a adolescente não contou nada a ninguém, nem para os pais.

“Fiquei meio que estado de choque, eu queria falar, mas eu não conseguia, eu ficava irritada por qualquer coisa. Comecei a trancar as portas para ficar sozinha, não aguentava mais, só chorava, comecei a questionar a existência de Deus, por que deixou acontecer isso comigo.”

Nos depoimentos, Moacir negou que manteve relação sexual com a neta, mas o juiz não acreditou na versão do delegado. Na sentença, afirmou estar convencido de que ele manteve relação sexual com a adolescente.

No entanto, ele afirma na sentença que a adolescente concordou com tudo e que ela teria condições de reagir e impedir o avô, que não usou de força física.

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