Empresários são presos na região de Jundiaí suspeitos de fraude em compras de armários

Empresários de Jundiaí e Várzea Paulista foram presos nesta quinta-feira (14) na operação "Arquivos Deslizantes". De acordo com as investigações, empresas

Empresários são presos na região de Jundiaí suspeitos de fraude em compras de armários -

Redação Publicado em 15/09/2017, às 00h00 - Atualizado às 09h22

Segundo a investigação do Gaeco, denominada “Arquivos Deslizantes”, grupo fraudava licitações. Ao todo 50 mandados foram cumpridos em SP e MG.

Empresários de Jundiaí e Várzea Paulista foram presos nesta quinta-feira (14) na operação “Arquivos Deslizantes”. De acordo com as investigações, empresas fraudavam licitações pra comprar armários para arquivos.

Nas duas cidades quatro pessoas foram presas: dois homens e duas mulheres. Os presos foram levados até a sede do Ministério Público, em Campinas (SP). Também foram apreendidos, vários documentos e notebooks. Um dos carros da Polícia Militar ficou lotado de pastas e para descarregá-lo foi preciso a ajuda de um carrinho.

Depois de prestarem depoimento, os quatro empresários foram levados para delegacia de investigações gerais de Jundiaí. Eles vão ficar presos no Centro de Triagem de Campo Limpo Paulista.

Investigação

Os 50 mandados ao todo, 28 de busca e apreensão, e 22 de prisão temporária, foram cumpridos em Belo Horizonte e em várias cidades do estado de São Paulo, entre elas Jundiaí e Várzea Paulista.

As investigações, que começaram há 2 anos, foram feitas pelos Grupo de Operações Especiais de Combate ao Crime Organizado do Ministério Púbico (Gaeco) de São Paulo e policiais militares do Batalhão Especial de Campinas (SP).

Segundo os promotores, pelo menos 15 empresas estão envolvidas em um esquema que fraudava licitações municipais, na compra de movéis que eram usados pra arquivar documentos, por isso a operação foi nomeada de “Arquivos Deslizantes”.

De acordo com o Ministério Público, os sócios dessas empresas tinham comprovadamente ligações entre si e “fingiam” participar das licitaçõeas, já que anteriormente eles tinham decidido qual empresa seria a vencedora desse processo.

Policiais tiveram que usar um carrinho para carregar material apreendido (Foto: Reprodução/TV TEM)

Agentes públicos envolvidos

A investigação apontou também a participação de agentes públicos, que sabiam desses acordos entre as empresas e agiam preparando os editais.

Os promotores do Gaeco acreditam que Daniel Palmeira de Lima, vereador da cidade de Catanduva, na região de São José do Rio Preto, era quem chefiava todo o esquema, que fraudou mais de 70 licitações e gerou um prejuízo aos cofres públicos de mais de R$ 8 milhões. Ele foi preso essa manhã.

Durante a tarde, uma coletiva de imprensa em São José do Rio Preto foi realizada pelos promotores do Ministério Público, que deram mais detalhes sobre as investigações.

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