DAE de Bauru fiscaliza mais de 9 mil ligações para combater furto de água

Para evitar os casos de furto de água e luz, de janeiro a setembro foram inspecionadas cerca de 9 mil ligações de água em Bauru (SP) e a CPFL também está

DAE de Bauru fiscaliza mais de 9 mil ligações para combater furto de água -

Redação Publicado em 02/10/2017, às 00h00 - Atualizado às 06h55

Para evitar os casos de furto de água e luz, de janeiro a setembro foram inspecionadas cerca de 9 mil ligações de água em Bauru (SP) e a CPFL também está fechando o cerco contra as ligações irregulares de energia, os chamados “gatos”. Foram 2,5 mil inspeções no primeiro semestre deste ano.

Segundo a companhia, a energia roubada anualmente poderia abastecer uma cidade de 250 mil habitantes durante seis meses. Um prejuízo que afeta não só as empresas fornecedoras, mas todas as pessoas que pagam as contas em dia.

No furto de água, alguns moradores travam o hidrômetro, outros fazem ligações diretas. Porém, o caso de furto mais comum é o chamado “corte de violado” – quando o relógio já foi lacrado anteriormente, por causa de uma irregularidade, mas o dono rompe o lacre para voltar a utilizar a água.

A multa varia de R$ 900 a R$ 1,5 mil. Foi o que aconteceu em uma das casas fiscalizadas pelo Departamento de Água e Esgoto. O departamento já havia notificado e multado os moradores em julho e o relógio foi lacrado. Mas, quando a equipe retornou, o equipamento estava alterado.

A moradora não quis gravar entrevista, mas justificou que já estava tentando resolver o problema há vários meses. Só que a burocracia do DAE, segundo ela, atrasou o processo. Ela já comprou um novo hidrômetro, mas como não é a dona da casa, o departamento estaria dificultando regularização da situação. Ela foi novamente notificada e orientada a entrar com um recurso.

Mas, os casos em residências não são os únicos. No mês passado esta fábrica de gelo em Bauru teve fornecimento de energia e água cortado. De acordo com a investigação da polícia a conta de energia da fábrica girava em torno de R$ 80 e a de água em torno dos R$ 40. Valores incompatíveis com a quantidade de gelo que estava produzindo.

Funcionários do DAE cortaram ligação de água de fábrica de gelo irregular em Bauru (Foto: Reprodução / TV TEM)

Das 2,5 mil ligações de energias inspecionadas nos seis primeiros meses deste ano quase mil tinham irregularidades. Todos os anos, o programa de recuperação da empresa recupera o equivalente a energia elétrica suficiente para abastecer uma cidade de 250 mil mil habitantes por seis meses.

De acordo com a polícia, esse tipo de ocorrência é furto, um crime que pode ter uma pena entre 2 e 8 anos de prisão.

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