O plano foi divulgado na última terça-feira (18) durante um evento
Nathalia Jesus Publicado em 19/07/2023, às 11h34
O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), divulgou na última terça-feira (18) o plano de levar os usuários da Cracolândia para outro bairro da região central da capital paulista.
A ideia do governador é deixar com que essa população fique mais próxima do Complexo Prates, equipamento da Prefeitura de São Paulo que atende a população em situação de rua e também dependentes químicos, como o Centro de Atenção Psicossocial Álcool e Drogas (Caps), além de uma unidade da Assistência Médica Ambulatorial (AMA).
“A gente quer levar essas pessoas para o Complexo Prates. Lá, eu tenho uma AMA, lá eu tenho um Caps e consigo deixá-los um pouco mais afastados da área residencial e da área comercial. Vamos ver se a estratégia vai dar certo. Vai dar certo? Não sei. Vamos tentar esse movimento agora para oferecer assistência imediata, sem tanto transtorno para a cidade”, afirmou o governador.
Para cumprir o planejamento, o desejo é que todas essas pessoas sejam conduzidas ao bairro do Bom Retiro, no centro de São Paulo, próximo à região da Luz.
O plano foi anunciado durante o lançamento do programa UniversalizaSP, no Palácio dos Bandeirantes. A iniciativa vai oferecer assistência técnica aos municípios para regionalizar os serviços de água e esgoto da Sabesp.
Na semana passada, os poderes municipal e estadual já haviam feito uma primeira tentativa de remover o fluxo do centro, segundo informações da CNN.
Relatos de líderes sociais e profissionais de saúde apontam que a Polícia Militar, a Polícia Civil e a GCM conduziram o fluxo da Rua dos Gusmões até a ponte Orestes Quércia, na Marginal do Tietê, em um caminho de cerca de três quilômetros. No final da operação, os usuários fugiram do local e retornaram ao centro.
Tarcísio reafirmou que a intenção do deslocamento é facilitar o atendimento dos usuários de drogas. O Complexo Prates tem um núcleo para a população de rua, três centros de acolhimento, um Caps e uma unidade da AMA numa área de 11 mil metros quadrados.
“Temos uma estratégia de colocar essas pessoas um pouco mais distante das áreas residenciais e comerciais, em uma área em que a gente tenha equipamentos e possa prestar atendimento mais próximo. Não adianta tentar fazer abordagem sem estar próximo dessas pessoas”, disse.
No entanto, o governador também afirmou que não há um cronograma definido para que o plano seja concretizado. “Se você me perguntar qual é a solução, eu não tenho. Se me perguntar qual é o cronograma para resolver, eu não tenho. Vamos fazer o melhor possível.”