Insegurança Alimentar

Pesquisa aponta que 50% dos moradores de São Paulo passam por insegurança alimentar

A prefeitura de SP responde em nota

A prefeitura de SP responde em nota - Imagem: Reprodução / Agência Brasil

Gabriela Thier Publicado em 23/09/2024, às 16h19

Um estudo realizado pelo Conselho Municipal de Segurança Alimentar e Nutricional da capital, em parceria com o Observatório de Segurança Alimentar e Nutricional da Cidade de São Paulo (OBSANPA) e da Unifesp e da UFABC, indicou que cerca de 50,5% da população (5,8 milhões de pessoas) vive com algum tipo de insegurança alimentar.

O mesmo estudo apontou que 72% das pessoas com insegurança alimentar grave vivem nas periferias de São Paulo. A maioria das pessoas vive na Zona Leste, em bairros como Ermelino Matarazzo, Cangaíba, Ponte Rasa, Vila Jacuí, São Miguel, Vila Curaçá, Jardim Helena, Itaim Paulista, Itaquera, Lajeado, Guaianases, Cidade Líder, José Bonifácio, Parque do Carmo, Cidade Tiradentes, Aricanduva, São Mateus, Iguatemi, Sapopemba e São Rafael.

A Prefeitura de São Paulo, porém, afirmou que os dados entram em conflito com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) de 2023, que apontou 1,37 milhão de pessoas no estado de São Paulo em situação de insegurança alimentar grave.

Confira a nota na íntegra:

A Prefeitura de São Paulo repudia o uso irresponsável e eleitoral de um assunto tão sério como a segurança alimentar e combate à fome. O levantamento divulgado nesta sexta-feira (20/09) contraria dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD), que, em 2023, apontou 1,37 milhão de pessoas no estado de São Paulo em situação de insegurança alimentar grave. É descabida, portanto, a indicação de que na cidade de São Paulo haveria mais pessoas nessa condição.

As ações de segurança alimentar da Prefeitura de São Paulo estão inseridas no maior programa de acolhimento e proteção social da América Latina, reconhecido como exemplar pela embaixadora da FAO (Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura), Carla Barroso, durante visita do prefeito Ricardo Nunes ao Vaticano neste ano.

A seguir, adendo com informações sobre as ações da Prefeitura:

A Prefeitura já distribuiu somente em 2024, por meio da Secretaria Municipal de Direitos Humanos e Cidadania (SMDHC), 10.258.162 de refeições prontas até 15 de setembro. São destaques a Rede Cozinha Escola que forneceu 5,3 milhões de refeições no mesmo período, além de oferecer capacitação na área de serviços de alimentação. Em 2024, o programa gerou 585 empregos diretos e 195 indiretos. O Rede Cozinha Cidadã, que faz a distribuição de marmitas para famílias carentes e população em situação de rua, já entregou cerca de 4,3 milhões de refeições em 34 comunidades atendidas, além de 10 pontos de distribuição destinados à população em situação de rua. Além disso, há os restaurantes Bom Prato Paulistano, que oferecem uma opção acessível, com refeições a R$ 1, e serviram, em 2024, em suas duas unidades (Parelheiros e M'Boi Mirim), mais de 631 mil refeições no café da manhã e almoço. 

Em outra frente, o Município distribuiu 1,2 milhão de cestas básicas em 2024 pelo Programa Cidade Solidária. Já o Banco de Alimentos combateu o desperdício com a coleta de 1.180 toneladas e distribuição de 996 toneladas à população. Criado este ano, o Armazém Solidário tem cinco unidades e já vendeu mais de 2 milhões de itens até 15 de setembro, incluindo alimentos, produtos de higiene e limpeza com preços reduzidos de até 50% em comparação com outros mercados. 

A Secretaria Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social (SMADS) também atua nesse sentido. São distribuídas, em média, 127 mil refeições por mês, nos serviços de acolhimento e convivência para pessoas em situação de rua.  As 69.780 crianças e adolescentes atendidos nos Centros de Convivência (CCAs) também recebem refeições diariamente.

Na Educação, são fornecidas diariamente, mais de 2,7 milhões de refeições para mais de 1 milhão de estudantes. Além disso, durante as férias escolares, a pasta distribuiu quase 400 mil cestas básicas às famílias de estudantes em situação de vulnerabilidade, além de fornecer alimentação durante o Recreio nas Férias, que ocorre duas vezes ao ano. Para as crianças a partir de 4 anos, são oferecidas três refeições diárias: café da manhã, almoço e lanche da tarde. Já nas creches polos, o atendimento permanece em seu período integral, com cinco refeições diárias.

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