POLUIÇÃO SONORA

MPF solicita à Prefeitura de SP uma análise sobre as regras de construção ao redor do Aeroporto de Congonhas

Órgão informou que os ruídos gerados pelas aeronaves devem ser considerados para as ocupações ao redor

MPF solicita à Prefeitura de São Paulo uma análise sobre as regras de construção ao redor do Aeroporto de Congonhas - Imagem: Reprodução / TV Globo

William Oliveira Publicado em 08/08/2024, às 12h45

Nesta quarta-feira (7), o Ministério Público Federal (MPF) orientou a Prefeitura de São Paulo a alinhar as regras de ocupação ao redor do Aeroporto de Congonhas, enfatizando os critérios técnicos sobre o ruído causado pelas aeronaves.

Segundo o MPF, o barulho produzido durante as operações de pouso e decolagem das aeronaves deve ser tratado como um fator determinante para a restrição da construção de prédios em áreas próximas ao aeroporto.

Ainda segundo o órgão, a gestão municipal não levou em consideração o estudo sobre a poluição sonora ao definir as regras para construções ao redor do aeroporto.

Devido a isso, o MPF abordou o Plano Específico de Zoneamento de Ruído, realizado pela Embraer, que mapeou o plano de voo e os fluxos das aeronaves no aeroporto, identificando a incidência de ruído em cada área.

O órgão ainda afirma que, a partir desse mapeamento, as regiões classificadas como mais barulhentas devem se tornar restritas ao uso residencial ou ter novas regras elaboradas para a redução de ruídos dentro das edificações.

A recomendação foi enviada à Secretaria Municipal de Urbanismo e Licenciamento (SMUL), que terá um prazo de 20 dias para informar as providências tomadas pela Prefeitura. Em seguida, a administração municipal terá 30 dias para analisar a proposta.

Caso os prazos estipulados não sejam cumpridos, o órgão poderá tomar medidas judiciais contra a Prefeitura de São Paulo.

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