Crianças em Risco

Falta de vacinas nas unidades de saúde preocupa famílias e especialistas

Com cinco vacinas em falta em São Paulo, busca por proteção infantil aumenta

Sem doses suficientes, unidades de saúde recorrem a alternativas emergenciais - Imagem: Reprodução / Freepik

Sabrina Oliveira Publicado em 25/10/2024, às 09h31

A escassez de vacinas em diversas cidades brasileiras tem preocupado pais e profissionais de saúde. A falta de doses essenciais, especialmente para crianças, fez com que muitos responsáveis enfrentassem dificuldades para manter o calendário de imunização em dia.

Em São Paulo, cinco tipos de vacinas, incluindo a de COVID-19, estão em falta. Além disso, um levantamento da Confederação Nacional dos Municípios revelou que seis em cada dez cidades estão sem pelo menos uma vacina essencial. O Ministério da Saúde informou que está trabalhando para regularizar a distribuição, mas, até o momento, a instabilidade nos estoques continua afetando famílias em todo o país.

Com o atraso na reposição, o governo recomendou a substituição de algumas vacinas por outras alternativas que também garantem proteção. Segundo o diretor do Programa Nacional de Imunizações, Eder Gatti Fernandes, “as substituições são seguras e permitem manter a imunização ativa nas crianças”.

O infectologista Renato Kfouri reforçou que a troca de vacinas não compromete a saúde e alertou sobre os riscos de deixar o calendário atrasado. “A vacinação é crucial, principalmente nos primeiros anos de vida, quando doenças como coqueluche, meningite e sarampo podem se tornar fatais”, afirmou ele.

Diante do desabastecimento, muitos pais têm procurado alternativas para não atrasar as doses de seus filhos. Jo Pereira, mãe da pequena Maya, compartilhou sua preocupação. “A médica avisou que é melhor não deixar atrasar. Agora estou tentando achar outra unidade que tenha a vacina.”

O Ministério da Saúde garantiu que está priorizando a distribuição das vacinas para estabilizar os estoques, mas orienta que os pais fiquem atentos e se informem com as secretarias municipais de saúde. A recomendação é buscar outras unidades para garantir que as crianças não fiquem vulneráveis a doenças que podem ser evitadas pela imunização.

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