Falta de Ética

Auxiliar de necropsia é investigado por compartilhamento de fotos explícitas de cadáveres

Caso chocante investiga auxiliar de necropsia por compartilhar fotos inapropriadas de cadáveres no IML de Guarulhos

Auxiliar de necropsia é investigado por compartilhamento de fotos explícitas de cadáveres - Imagem: Montagem SP Diário / Reprodução / G1

Sabrina Oliveira Publicado em 11/07/2024, às 12h12

Um caso perturbador está sendo investigado no Instituto Médico Legal (IML) de Guarulhos, na Grande São Paulo, onde um auxiliar é suspeito de compartilhar fotos de cadáveres em grupos de mensagens. Eron Marcelo Reis, identificado como o funcionário envolvido, também recebia remuneração de uma escola de necropsia para permitir que alunos acompanhassem os serviços no local, incluindo interações com os corpos.

A investigação, que teve início em novembro de 2023 após denúncia ao Ministério Público Estadual, revelou que as imagens compartilhadas incluíam poses inapropriadas de supostas alunas do curso preparatório de necropsia. As fotos, supostamente destinadas a fins de "estudos", foram distribuídas em um grupo privado composto por ex-alunos do curso, conforme alegado por Eron em sua defesa.

Em depoimento, o auxiliar afirmou que as atividades ocorriam sob um contexto educacional, voltado para o aprendizado de anatomia e medicina legal, essenciais para a preparação de concursos públicos. Ele também admitiu receber compensação financeira da escola para supervisionar os estágios dos alunos no Serviço de Verificação de Óbito (SVO), embora a prefeitura de Guarulhos tenha esclarecido que Eron não faz parte do quadro do SVO, mas sim do IML estadual.

A investigação, conduzida pela Corregedoria da Polícia Civil, agora busca identificar e ouvir todas as pessoas envolvidas nas fotos compartilhadas. A conduta de Eron, que inclui alegações de vilipêndio a cadáver, é considerada incompatível com as diretrizes éticas da Superintendência de Polícia Técnico-Científica (SPTC), responsável pela gestão dos serviços forenses em São Paulo.

Eron continua colaborando com as autoridades para esclarecer o ocorrido, enquanto o caso segue sob escrutínio judicial para determinar as consequências legais de suas ações.

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