São José do Rio Preto

Após recorde de queimadas, Rio Preto registra temperatura mais baixa do ano

Frente fria traz chuva e ajuda no combate ao fogo, melhorando condições na região

São José do Rio Preto - Imagem: Reprodução / Andreia / Google imagens

Sabrina Oliveira Publicado em 26/08/2024, às 10h35

A região de São José do Rio Preto, em São Paulo, passou por uma mudança climática radical no final de semana, que trouxe alívio após dias de intensas queimadas. De quinta-feira (22) até a manhã de domingo (25), os satélites do Banco de Dados de Queimadas (BDQueimadas) registraram 2.621 focos de incêndio, uma cifra alarmante que colocou a região entre as mais afetadas por incêndios no estado. No entanto, no domingo (25), uma chuva inesperada atingiu a região, ajudando a diminuir os focos de incêndio e trazendo um respiro para os moradores.

A precipitação também teve impacto significativo nas temperaturas. No sábado (24), a cidade de Rio Preto enfrentava uma média de 35°C, mas no domingo (25), os termômetros já registravam uma queda acentuada, marcando 15°C. A situação se intensificou ainda mais na segunda-feira (26), quando a cidade experimentou a madrugada mais fria do ano, com uma mínima de 7,6°C, conforme dados do Centro Integrado de Informações Agrometeorológicas (Ciiagro).

A chuva, que acumulou 20 milímetros em Mirassol e 17 milímetros em Votuporanga, foi crucial para aumentar a umidade relativa do ar, que chegou a 87% na manhã de segunda-feira (26). Este aumento da umidade, combinado com a queda nas temperaturas, contribuiu para o controle dos focos de incêndio, melhorando a qualidade do ar e trazendo alívio para as áreas mais afetadas.

Situação de emergência

As regiões de São José do Rio Preto e Ribeirão Preto estão entre as mais afetadas por essa onda de incêndios que devastou o noroeste paulista. O Governo de São Paulo decretou estado de emergência em 45 municípios por um período de 180 dias. Um gabinete de crise foi criado para coordenar as ações de combate ao fogo e auxiliar as comunidades atingidas. O decreto enfatiza que os incêndios resultaram em graves danos humanos, materiais e ambientais, além de prejuízos econômicos significativos.

Até o momento, 46 cidades estão em monitoramento de alerta máximo, incluindo algumas que não foram contempladas pelo decreto de emergência. Destas, 21 cidades continuam a enfrentar focos ativos de fogo, agravando ainda mais a situação já delicada na região.

Com a previsão de que a frente fria persista até quinta-feira (29), há esperança de que os incêndios sejam finalmente controlados. No entanto, especialistas alertam que a região deve se preparar para um aumento na frequência e na intensidade desses eventos climáticos extremos, adotando políticas de gestão de riscos e desenvolvendo infraestruturas mais resilientes para enfrentar futuras crises.

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