O ano de 2021 começou positivo para o esquadrão brasileiro no UFC. Nos três primeiros meses do ano, os representantes do Brasil mais venceram do que perderam no octógono, e muitos deles estão em ascensão nos rankings do Ultimate.

Em 32 lutas contra atletas estrangeiros no primeiro trimestre, os brasileiros saíram vencedores em 17 ocasiões, um aproveitamento de 53,1%. Os “gringos” comemoraram em 14 ocasiões, e uma luta terminou empatada – o duelo entre a mineira Mayra “Sheetara” Bueno e a americana Montana de la Rosa, que seria uma vitória da brasileira não fosse um ponto deduzido ainda no primeiro round por uma penalidade (segurou a grade para evitar uma queda).

Desempenho do Brasil no UFC no 1º trimestre de 2021
Brasileiros têm 53,1% de aproveitamento contra estrangeiros no ano
Vitórias: 17Derrotas: 14Empates: 1

Confira abaixo quem subiu e quem desceu nesses três primeiros meses de 2021:

SUBINDO

  • Vicente Luque – o brasileiro nascido e radicado nos EUA conquistou a vitória mais importante de sua carreira ao finalizar o ex-campeão Tyron Woodley no primeiro round no último sábado. Agora são três vitórias seguidas para o “Assassino Silencioso” – e nove vitórias nas últimas dez lutas. Ele ganhou quatro posições no ranking peso-meio-médio do UFC e é agora o sexto colocado.

Thiago Moisés comemora sua vitória sobre Alexander Hernandez — Foto: Getty Images

  • Thiago Moisés – o paulista revelado no Contender Series está batendo na porta do ranking dos pesos-leves após bater o ex-top 15 Alexander Hernandez em fevereiro, seu terceiro triunfo consecutivo no UFC.
  • Marina Rodriguez – a lutadora gaúcha precisou bater uma compatriota para chamar atenção do público geral, mas o fez em grande estilo: nocauteou a sensação Amanda Ribas no segundo round num evento capitaneado por Conor McGregor na Ilha da Luta. Rodriguez é a sexta colocada do ranking do peso-palha, mas já está bem colocada na fila por uma disputa do cinturão.

Amanda Lemos (dir.) nocauteou Livinha Souza (esq.) no UFC 259 — Foto: Jeff Bottari/Zuffa LLC via Getty Images

  • Amanda Lemos – outra peso-palha que se destacou no primeiro trimestre às custas de outra brasileira. Amandinha nocauteou Livinha Souza no primeiro round no início de março e, com sua terceira vitória consecutiva, alcançou a 14ª posição no ranking da categoria.
  • Karol Rosa – a capixaba companheira de treinos de Jéssica Bate-Estaca também entrou na 14ª posição do ranking de sua divisão, o peso-galo, ao vencer Joselyne Edwards por decisão unânime em fevereiro. Ela soma agora cinco vitórias seguidas e quer a sexta em junho, quando encara Sijara Eubanks no UFC 263.

DESCENDO

  • Thiago Marreta – o ex-TUF Brasil não se reencontrou no octógono desde que retornou de múltiplas lesões sofridas na disputa do cinturão peso-meio-pesado contra Jon Jones em 2019. Após ser finalizado por Glover Teixeira em 2020, Marreta não conseguiu impor seu melhor jogo contra Aleksandar Rakic no UFC 259 e acabou derrotado por pontos.

Yana Kunitskaya (esq.) venceu Ketlen Vieira (dir.) por pontos em fevereiro — Foto: Getty Images

  • Ketlen Vieira – outrora considerada uma potencial desafiante número 1 para Amanda Nunes, a amazonense sofreu uma derrota de virada contra Yana Kunitskaya em fevereiro, seu segundo revés nas últimas três lutas, e caiu à sétima posição no ranking do peso-galo.
  • Thomas Almeida – o lutador paulista passou mais de dois anos afastado do octógono por causa de lesões. Quando retornou, contudo, continuou a má sequência que vivia antes da parada. Após perder para Jonathan Martinez em outubro de 2020, Thominhas foi nocauteado pela sensação Sean O’Malley no último sábado e chegou a quatro derrotas consecutivas no UFC.

CINTURÕES

  • Amanda Nunes – os reinados da Leoa no peso-galo e no peso-pena seguem de vento em popa. A campeã não tomou conhecimento de Megan Anderson no início de março, sua segunda defesa da cinta dos penas e sétima no total. Ela aguarda agora a definição de uma nova desafiante, provavelmente no peso-galo.

Mamãe e campeã: Amanda Nunes (esq.) posa com a esposa, Nina Ansaroff (dir.), e a filha Raegan (centro) — Foto: Getty Images

  • Gilbert Durinho – ainda não foi desta vez que a cinta dos meio-médios veio para o Brasil. O lutador niteroiense teve um bom momento contra o campeão Kamaru Usman no primeiro round, mas acabou nocauteado no terceiro assalto em fevereiro.
  • Jéssica Andrade – a ex-campeã peso-palha tem data marcada para disputar seu segundo cinturão, do peso-mosca: 24 de abril, em Jacksonville (EUA), no UFC 261. O evento está planejado para ser o primeiro com capacidade total permitida desde 7 de março de 2020. “Bate-Estaca” enfrenta a campeã Valentina Shevchenko.
  • Charles do Bronx – o recordista de finalizações da história do Ultimate finalmente terá sua chance de disputar o cinturão peso-leve em 15 de maio, em Houston (EUA), contra Michael Chandler.
  • Deiveson Figueiredo – o campeão peso-mosca masculino fará sua revanche contra Brandon Moreno no UFC 263, em 12 de junho.

DE SAÍDA

  • Junior Cigano – Ex-campeão dos pesos-pesados, o lutador catarinense deu adeus à organização após 13 anos. Cigano vinha no pior momento de sua carreira, com quatro derrotas seguidas, todas por nocaute, mas todas para lutadores colocados no top 10 do ranking da categoria. Ele também contou ao Combate.com que um dos motivos de sua demissão teria sido sua recusa em aceitar uma luta com pouco tempo de preparação, voltando de concussão, contra Marcin Tybura.

Junior Cigano (esq.) foi nocauteado por Cyril Gané no UFC 256, em 2020, e demitido este ano — Foto: Getty Images

  • Markus Maluko – o lutador paulista, famoso por ter se maquiado como o personagem do cinema Coringa numa pesagem, amargou em janeiro sua terceira derrota consecutiva no UFC, contra Dalcha Lungiambula, e acabou demitido pouco depois.
  • Antônio Cara de Sapato – vencedor da terceira temporada do TUF Brasil, o peso-médio baiano também chegou à terceira derrota seguida em janeiro, contra Brad Tavares. Sapato, no entanto, afirmou que seria uma boa oportunidade para evoluir e já tem casa nova: fechou com a Professional Fighters League (PFL) e estreia em abril, contra Tom Lawlor.
  • Vinícius Mamute, Gabriel Silva e Geraldo Espartano – o trio completa a lista de brasileiros que integrou a “barca” do UFC neste início de ano. Mamute foi o único deles que lutou em 2021, e sofreu sua quarta derrota consecutiva no UFC, um nocaute contra Ike Villanueva. Gabriel “Gabito” não lutava desde fevereiro de 2020 e deixou a organização com apenas duas derrotas. Espartano venceu em sua estreia na organização, mas sofreu duas derrotas seguidas, a última delas em novembro passado, e também foi dispensado.

.

.

.

Fonte: GE – Globo Esporte.