Nome da oposição do Palmeiras, Savério Orlandi avalia momento e possível disputa presidencial

Se a situação já tem um nome provável para concorrer à presidência do Palmeiras, a oposição também trabalha para fortalecer e definir sua chapa para a disputa

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Redação Publicado em 22/03/2021, às 00h00 - Atualizado às 14h13

Dirigente comenta sobre a política atual do Verdão e influência de Leila Pereira, admite desejo de concorrer para a vaga de Maurício Galiotte no fim do ano, mas ainda aguarda definição

Se a situação já tem um nome provável para concorrer à presidência do Palmeiras, a oposição também trabalha para fortalecer e definir sua chapa para a disputa de novembro. Ex-diretor de futebol e membro do COF (Conselho de Orientação e Fiscalização), Savério Orlandi é uma das forças políticas apontadas no clube como possível candidato.

O caminho a ser percorrido ainda é longo. Antes da votação do filtro no Conselho Deliberativo, o que aprova – ou não – as chapas para a disputa presidencial, em outubro, os possíveis candidatos precisam consolidar apoio nos bastidores do Verdão.

Do lado da situação, Leila Pereira já manifestou desejo de ser escolhida para disputar a sucessão de Maurício Galiotte.

– Ser candidato na eleição contra a Leila Pereira não depende de mim. Parece um lugar comum, mas é realidade. Depende de três fatores, basicamente. Primeiro é preparação, me sinto totalmente preparado. Participei desde 2002 de todas as comissões de reforma estatutária que o Palmeiras teve. Em segundo lugar é a vontade. Quem não quer ser? Eu quero ser, mas tem de ser conjugada em sentido lato. A minha vida me permite isso? Tenho uma situação profissional consolidada há 28 anos na advocacia paulistana, uma família estruturada. Em termos da parte de vontade eu também cumpro os requisitos. O terceiro é a aceitação, a viabilidade. Esse eu vou ter de cumprir no momento oportuno – disse Savério Orlandi, em entrevista ao ge.

– Quando chegar junho ou julho eu vou ser testado, vou ser homologado se for o caso, mas evidentemente vou me disponibilizar, vou colocar meu nome. Existem outros quadros tão preparados, não sei se com a mesma vontade, que poderiam ser. Eu vou ter de cumprir esse requisito da aceitação e viabilidade no momento oportuno. Se tiver o privilégio de ser consensualmente o escolhido, vou aceitar o desafio com muita tranquilidade e segurança – completou.

Savério Orlandi tem 50 anos e é advogado. Ele exerceu a função de diretor de futebol do Verdão entre 2007 e 2010, nas gestões de Affonso Della Monica e Luiz Gonzaga Belluzzo, e participou do Conselho de Orientação e Fiscalização nos últimos anos.

O dirigente era uma das possibilidades da oposição para disputar a presidência do Conselho Deliberativo, mas a votação será entre Seraphim Del Grande, atual mandatário, e Mario Giannini. Ele decidiu também não concorrer a um novo mandato no COF.

Savério Orlandi, à esquerda, na apresentação de Luxemburgo para a temporada de 2008 — Foto: Robson Fernandes/Estadão Conteúdo

Nos bastidores do Palmeiras, Leila Pereira é uma figura que tem ganhado força no clube nos últimos anos. Além de patrocinadora, ela foi reeleita recentemente para seu segundo mandato no Conselho e viu seu grupo vencer debates importantes, como a aprovação da sua candidatura, a mudança no tempo do mandato presidencial e o reconhecimento da dívida do clube com a Crefisa pelos investimentos em contratações.

Mesmo contra uma importante força política e econômica, Savério confia no trabalho da oposição do Verdão até a eleição presidencial.

– No Palmeiras sempre tem a mística que a eleição só começa a se falar em agosto. Ainda é cedo, mas está próximo. Assim que deflagrada (a campanha), vai se construir muitas possibilidades de desconstrução dessa narrativa que não corresponde com a realidade. Quando começar a ser desconstruída e identificar como foi a rapidez do processo de chegada, vai trazer uma série de desconfortos para ela (Leila) e vai ter dificuldade de se explicar. Em segundo lugar, por uma questão de projeto. É simples, Palmeiras de todos e Palmeiras sem dono.

– Queremos compartilhar o poder, ter um líder e tocar com a diversidade que tem de ter. Isso certamente está se evidenciado não ser possível com a personificação de comando em cima de uma pessoa só. E por último, no momento que conseguir se identificar com um pouco mais de nitidez, aí me refiro aos sócios e coletividade em geral, a enorme potencialidade de conflitos que uma eventual presidência da Leila pode acarretar para o Palmeiras. Esse conjunto pode caminhar para fortalecimento da candidatura dessas forças contrárias – acrescentou.

Confira outros trechos da entrevista de Savério Orlandi:

Momento político do Palmeiras

– O que nós temos hoje no Palmeiras é um grupo de situação nesse final de mandato do Maurício, uma participação bastante grande da Leila na gestão. A esse grupo tem agregado uma parte atuante da diretoria, com funções executivas, é um grupo grande e forte, e tem uns adeptos de ocasião, que são pessoas de menos influência na gestão e que se sentem de certa forma representados com o argumento de que a força econômica do patrocinador é suficiente para o desenvolvimento do Palmeiras, e portanto o nosso problema a longo prazo está resolvido. Acaba sendo uma massa de manobra bem fácil através de agrados, mimos, de promessas… Esse é o grupo que você reúne grande parte da situação. O grupo de oposição, talvez, a nomenclatura mais correta que costumo mais utilizar seria de forças contrárias. É claro que estamos falando de oposição à situação atual, no sentido de impedir o que a gente vê como cooptação crescente do poder do Palmeiras, até levar a uma condição que ele tenha de dolo, o que a gente não quer. A gente defende o Palmeiras de todos e sem dolo. Esse grupo de oposição hoje são forças contrárias porque é um grupo muito heterogêneo porque vai reunir lideranças pessoas ligadas ao Paulo Nobre, ao Mustafá, quadros novos e um grande grupo, ao qual eu me enquadro, de quadros independentes.

– Certamente você vai encontrar nesse momento de disputa eleitoral no segundo semestre um novo movimento de aglutinação dessas forças, e aí sim vai se alcançar um nome, um projeto para concorrer com muita dificuldade provavelmente contra a Leila Pereira… A gente lamenta que isso tenha ocorrido de uma forma tão rápida, esse processo de cooptação. Isso traz um certo diversionismo, porque as pessoas “ah, mas o dinheiro”… Não é isso. Acabou criando hoje uma condição muito ruim de polarização, de lei do silêncio, de perseguições, a do Genaro é um exemplo, sindicâncias pontuais. Se a gente voltar pouca coisa em retrospectiva vamos alcançar a eleição do Maurício, a primeira, quando ele foi candidato único e recebeu o clube praticamente pacificado. Muito rapidamente houve a corrosão desse processo. Esse é o cenário que temos hoje, com uma atuação um pouco vertical por parte do Conselho Deliberativo, da Diretoria Executiva, que acabam inibindo e trazendo bastante transtorno para uma atuação mais relevante da oposição.

Relação da atual gestão com a Crefisa e Leila Pereira

– De uma maneira geral, houve um desapontamento muito grande, que para algumas pessoas do clube passou a ter um grau mais elevado, virou uma sensação de traição, subserviência. Eu vejo da seguinte maneira, existe alguma decepção, embora eu ache o Maurício seja uma pessoa que é bom executivo, trabalha com boa fé e se dedica realmente ao clube… Tenho muita tranquilidade para tratar desse assunto porque desde o começo sempre falei que essa relação é de ganha-ganha. No momento em que ela chega ao Palmeiras que dá um patrocínio de não sei quantos milhões mais do que o mercado, o que é verdade, mas tem uma razão de ser. Ela tem exclusividade, todas as condições, tem carrinho de pipoca (com o nome dela e o número da candidatura para o Conselho) e totem de álcool em gel. Isso tem um preço.

– O centro de excelência, que levou o nome dela, gastou-se algo em torno de R$ 25 milhões, teve R$ 3 milhões ou R$ 4 milhões do Fundo Brahmeiro, R$ 17 milhões do Paulo Nobre, com escritura de doação lavrado em dezembro de 2016 e imposto recolhido. Ela contribuiu com 15%, 20%. Essas narrativas que nos incomodam. É um enorme contentamento para qualquer organização, seja esportiva ou empresarial, ter como parceiro uma instituição sólida como a Crefisa. O que nós precisamos entender e desmistificar é essa narrativa, que não corresponde à realidade.

Influência do poder financeiro da patrocinadora


– Essa violação ao processo democrático em parte decorre do poder econômico dela e condição que ela tem de organizar festa, churrasco, levar conselheiro em viagem e tudo mais. Mas isso é do jogo, ela tem esse potencial econômico. O presidente Paulo Nobre tinha também e fez da maneira dele em outras circunstâncias. O que mais me entristece é que esse processo vai caminhando para uma polarização muito grande onde tem um elemento muito nocivo ao exercício da democracia através de tolher opiniões de conselheiros, levá-los a sindicância, punir pessoas. Mais por esse caráter opressor do que pelo poder econômico. O poder econômico infelizmente tem de admitir que ela tendo pode fazer isso, mas claro que tem de tentar mitigar. O clube é uma instituição, não pode deixar o totem com álcool gel. Está errado. É muito lamentável também por outro ponto. Estou no Conselho há 20 anos, vivi o final dos “anos de chumbo”. Vi um processo de renovação do Conselho, com quadros novos, é um processo que seria mais longo. Agora que a gente está num processo mais totalitarista a gente está minando por completo. Vamos ter de voltar lá atrás…

Participação do Paulo Nobre na oposição

– Você não tem a menor dúvida que o Paulo Nobre pode contribuir muito com essas forças contrárias no processo sucessório. A própria presença e ascendência sobre alguns companheiros podem ajudar demais. Só tem que entender que o Paulo se desapontou com algumas situações. Ele ao final do mandato dele, que é exitoso vendo pelo conjunto da obra, e desculpa ser repetitivo, mas eu particularmente vendo assim em retrospectiva, você tem quatro ou cinco marcos na história centenária do Palmeiras, e a passagem do Paulo é um marco inegavelmente. Ao fim desse mandato exitoso, ele se forjou como uma liderança, ele por conta própria de forma unilateral abdicou dessa liderança. As pessoas pedem proximidade e participação maior, mas ele se esquiva por razões pessoais. Claro que a gente quer trazer o Paulo e a ajuda dele seria de grande valia, mas a gente tem que respeitar.

– Ele hoje não tem muito esse desejo e interesse, pelo contrário. Eu, em parte, acho que ele não superou esse desapontamento. Eu sou uma pessoa que ele acabou com uma ou outra queixa, e lamento, porque é um amigo que conheço desde os 15 anos e depois nos formamos juntos na PUC 1993, em Direito, e participei ativamente da primeira eleição dele em 1997. Depois vim em 2001, tivemos momentos distintos na política do Palmeiras, eu entrei em um grupo de oposição que brincavam que cabia dentro de uma Kombi, e o Paulo era diretor social do Mustafá. Em 2007 tivemos momentos juntos, com ele vice-presidente e eu diretor. Depois apoiei a gestão dele, mas vejo muita dificuldade. Claro que vai ser tentado esse movimento pelo quadro que vier e por essas forças contrárias, e se o Paulo conseguir rever em parte e ajudar, não tem a menor dúvida que é uma peça importantíssima.

Maurício Galiotte foi vice de Paulo Nobre antes de ser eleito presidente; mandato termina no fim de 2021 — Foto: Cesar Greco / Ag. Palmeiras

Saída do Paulo Nobre enfraquece a oposição contra a Leila?

– Importante que a campanha indique para o eleitor que ninguém é contrário à Leila e ao patrocínio. Pelo contrário, é enorme de contentamento para qualquer empresa ter uma instituição financeira como patrocinador. A grande tarefa que esse grupo tem que mostrar é que o Palmeiras não deve e não pode funcionar sob um regime absolutista. O Palmeiras não pode ter dono, sobretudo sob o argumento da capacidade financeira de quem quer que seja, aí até do próprio Paulo Nobre. O Palmeiras tem que desenvolver os meios próprios para desenvolver esse poderio econômico. Digo com toda tranquilidade, até considerando Flamengo, que o Palmeiras é o clube que tem o caminho mais pavimentado para conseguir fortalecer as suas receitas e não depender exclusivamente de uma pessoa.

– O patrocínio da Crefisa corresponde no fim do dia, aí considerando números de 2019, dado à excepcionalidade de 2020, de 18% a 20% dos R$ 600 milhões de receita. Você consegue recompor minimamente 10%,12%, com uma racionalização de despesas no futebol que teve descontrole em 2018 e 2019. É muito importante, mas não pode ficar nessa relação de dependência. Quando ficar mais evidenciado e de uma forma didática, que possa ser assimilada, em conjunto com as questões do conflito de interesses, que já existe hoje e se assumir ainda mais, são elementos suficientes para fazer um trabalho de campanha que possa mostrar para a coletividade do clube sobre o que estamos falando.

Dívida com a Crefisa

– Hoje a dívida com este contrato (Crefisa) está na ordem de R$ 160 milhões, que resulta nos R$ 500 milhões considerado todo o passivo, obrigações tributárias, provisões judiciais e etc. Os 160 milhões com a grandeza do Palmeiras não é o que mais preocupa, porque o Palmeiras sempre cumpriu as suas obrigações, inclusive nos piores momentos, e vai continuar cumprindo. Isso é uma coisa inafastável. Se vender dois da base paga a Crefisa, e é verdade. Não é uma preocupação com a obrigação, o que nós temos é que a dívida e a forma que as coisas aconteceram foram indevidas. Isso não poderia ter acontecido dessa forma. O Palmeiras e a Leila, e falo com bastante firmeza, porque a primeira operação que envolveu o patrocínio pontual, com Lucas Barrios, foi apresentada no COF e a gente debateu muito, e houve consenso e fui um que deixou expresso que era uma operação excepcional que fosse replicada traria problemas para o patrocino.

– A estrutura original do contrato era de patrocínio e propriedades sobre cada atleta: o Dudu foi comprado com a ajuda e fazia propaganda da FAM; o Borja é apresentado na FAM e assim por diante. Era clausula contratual: o Palmeiras vai fazer esforços para divulgar que ela (Leila) ajudou, e você via o Alexandre Mattos, o Mauricio Galiotte falando sobre isso. Ele previa a não devolução de valores, o Palmeiras não era obrigado a devolver o valor, esse era o contrato original. Se tivesse uma venda maior do que a Crefisa investiu, a Crefisa pegaria o valor que investiu e o Palmeiras ficaria com o lucro. Se fosse o valor inferior, a Crefisa ficaria com o valor, e o Palmeiras não teria que pagar mais nada. Se houvesse extinção do vínculo do atleta, nada era devido, salvo eventualmente problema de o jogador ir na Justiça com atraso de salário, por exemplo. Passado um ano que passou em empréstimo pela fiscalização, e coloco mais dois pontos, nunca vi denúncia na receita de alguém bater na porta e falar que tem um problema. É mais fácil acreditar que o que chamou atenção da Receita Federal foi que toda hora aparecia uma alteração no contrato da Crefisa, pessoalmente falando. Numa aposta, faria essa. É muito mais palatável que chamou a atenção da Receita.

Apresentação de Lucas Barrios, na FAM, em 2015 — Foto: Felipe Zito

– A Crefisa, por conta do contrato, estava claro que eventual prejuízo seria dela. Quando transformou para o empréstimo, o que defendemos, além do Mauricio ter assinado em uma data que ele estava de recesso e de que tinha que ter passado pelo COF pelo volume da dívida, foram dois pontos. Subjetivamente, se eu soubesse que tinha sido um patrocínio e que viria empréstimo em um ano, eu teria contratado? Eu teria feito tantas operações, pegando qualquer um que aparecesse na esquina e contratado? Eu estava disposto a pagar remuneração de capital e juros no contrato? É um vício na formação do contrato. A segunda é objetiva e inegável, muitas pessoas da oposição vieram falar comigo, voltando ao caso do Borja: Alexandre foi na Colômbia e tirou fotografia, tem o episódio do aeroporto, sempre enaltecendo. Esses contratos produziram efeitos durante um ano. Quando a Receita foi lá, você não poderia pegar o valor cheio do contrato e cobrar na dívida, porque parte do contrato o Palmeiras entregou ao disponibilizar o atleta. Teria que ter uma linha de corte: a dívida não poderia partir do somatório dos investimentos, porque o contrato vigorou em um ano normal. A dívida foi feita pela totalidade o que é errado na minha visão.

– A gente em direito fala em vício na formação do contrato. E por que houve? Porque não era a vontade inicial do Palmeiras ter a remuneração de juros no contrato. Porque talvez não fosse a ideia de fazer 12, 13 operações, se soubesse que teria que pagar depois. Agora o aspecto do corte é objetivo: o contrato vigorou por um período e o Palmeiras cumpriu as obrigações até a Receita mandar parar, então isso teria que ser deduzido. A dívida preocupa mais por ser consolidada de uma maneira equivocada, mas ela vai ser paga como sempre foi. Vende dois atletas e paga. Mas talvez o produto dessa venda poderia ir para outros investimentos, e não para essa dívida. A dívida nunca esteve garantida, o Guerra saiu e a dívida ficou, por exemplo. O Dudu vale 15 milhões de euros, é a maior operação. Não vai conseguir cobrir com os outros atletas.

Gestão durante a pandemia e situação financeira


– A próxima gestão vai ter que resolver de elevar de forma enorme as despesas relacionadas ao departamento de futebol que trouxe como consequência o estrangulamento do fluxo de caixa do Palmeiras. Quando vê a operação do Dudu que tinha a pendência de 2019 porque tinha parcelado a imagem de vários atletas, era um problema de corrosão dos fundamentos econômicos do Palmeiras, como o Avanti degringolando e das bilheterias caindo, muito pelo insucesso esportivo. Ainda temos porque são contratos onerosos e de grande prazo de duração, vamos ter que resolver isso em 2022 e 2023, embora o Mauricio tenha negociado alguns jogadores. Ele não tinha como fazer diferente, como investir antes da pandemia. Fechamos com R$ 1,5 milhão de resultado positivo em 2019, mas R$ 2,6 milhões são de estoque. Palmeiras tem um problema gigantesco no fluxo de caixa, e é um problema grande. A transição desse elenco vai ser complicada. Ele conseguiu através da base esse grande avanço, pois tem os ativos. Base é trabalho que se conta uma década e que felizmente o Palmeiras está chegando no estágio da consolidação.

– Foi muito difícil (o ano de 2020) pelo seguinte, porque havíamos com o entendimento do que tinha acontecido em 2019. Já existia um cenário de deterioração e dificuldade na reversão. Quando veio a pandemia, isso acabou ferindo de norte porque você soube a total incapacidade de reversão desses fundamentos. O Mauricio trabalhou bem, verdade seja dita, teve uma recuperação. O Palmeiras acaba 2019 com problema financeiro e resultado esportivo ruim, que trouxe problemas para ele, esse processo político rachado e problema grande de imagem. Em 2020, recuperou a parte esportiva inegavelmente, com conquistas gigantes. Recuperou a imagem pelas conquistas e por atitudes, como por exemplo, manter os salários na pandemia, e ele está de parabéns por isso. Agora, agravou a situação dele, porque fundamentos importantes de torcida e público que correspondem uns 20% a 30%, não vão conseguir reverter facilmente.

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Fonte: GE – Globo Esporte.

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