Reserva na fase final da Liga dos Campeões com o Manchester City, Gabriel Jesus ficou no banco contra o Equador. Mas bastaram os 45 minutos depois do
Redação Publicado em 21/06/2021, às 00h00 - Atualizado às 13h59
Reserva na fase final da Liga dos Campeões com o Manchester City, Gabriel Jesus ficou no banco contra o Equador. Mas bastaram os 45 minutos depois do intervalo para não sair mais do time de Tite, mesmo com testes e observações do treinador durante a Copa América. Ele foi titular nas três últimas partidas e deu duas assistências – contra o Peru para Alex Sandro. Para Neymar, contra o Paraguai.
Camisa 9 desde as Eliminatórias da Copa de 2018, Jesus deu um passo para o lado e tem funcionado bem assim. A posição não é novidade para o atacante na Seleção – no Manchester City, o técnico Guardiola também pede função semelhante. Com Roberto Firmino de referência no ataque na Copa América de 2019, Jesus caiu para a direita e fez boas apresentações naquela conquista – apesar do cartão vermelho na final.
Na comparação com os demais atacantes da Seleção, ele só perde para Neymar em média de gols e de assistências, além de participação por gols – confira mais abaixo todos os números.
Jesus, como ponta direita, une velocidade, força e habilidade. Foi dessa maneira que fez a jogada do “gato” naquela partida e 2019. Lance muito semelhante ao que voltou a fazer contra o Paraguai – na última rodada das Eliminatórias (compare nos vídeos abaixo).
Num lance o passe longo foi de Daniel Alves, no outro de Danilo. A jogada foi explicada minuciosamente por Tite no Youtube do “The Coach Voices”, projeto que conta experiências e divide ensinamentos de treinadores de todo o mundo.
Com a mão direita, Tite mostra a posição de Daniel Alves. Na esquerda, o arranque de GAbriel Jesus para receber o lançamento na final da Copa América 2019 — Foto: Reprodução “The Coach Voices”
– No momento que chega a bola no Daniel Alves, ele domina e o Gabriel Jesus, ao mesmo tempo, faz a vinda. No que ele faz a vinda, o lateral faz também o mesmo movimento. Só que ele gira e puxa fundo e a bola do Daniel é bem funda. Não dando a oportunidade do zagueiro fazer a cobertura e da retomada do próprio lateral. No que ele limpa, ele tem a velocidade e aí entra a qualidade, a técnica individual. Ele trouxe para o meio, ameaça com a esquerda e dá um drible de salão – comenta Tite.
Gabriel Jesus não marca há 10 jogos – e tem finalizado muito pouco na nova função. Foram quatro chutes nos últimos quatro jogos – número menor, por exemplo, do que a quantidade de faltas que cometeu (7 ao todo), numa clara diferença de função.
Hoje, ele joga mais afastado da área, quase em cima da linha da lateral do campo. É uma orientação de Tite. Assim, abre os marcadores em linha e permite tanto espaços entre eles, como a possibilidade de lançamento nas costas da defesa para explorar a jogada do “gato”.
Apesar dos ataques pela direita, no segundo tempo contra o Peru, depois da saída de Gabigol, ele voltou a ficar mais próximo da área. Em recente entrevista ao ge, Jesus destacou a versatilidade.
– No futebol de hoje você precisa estar sempre à disposição para atuar em mais de uma posição, né? Eu atuo como centroavante quando precisa, mas sempre deixei claro que me sinto melhor atuando na ponta, como um atacante que chega e finaliza também. Mas, como eu disse, estou sempre à disposição para ajudar – comentou.
Neymar
Gabriel Jesus
Richarlison
Firmino
Gabigol
.
.
.
Fontes: Ge – Globo Esporte.