Erros, acertos e números: veja balanço dos dez primeiros jogos do Santos sob comando de Holan
O técnico Ariel Holan completou os primeiros dez jogos no comando do Santos na derrota por 2 a 0 para o Barcelona de Guayaquil, na última terça-feira, pela
Santos -
Redação Publicado em 22/04/2021, às 00h00 - Atualizado às 15h41
Argentino tem desempenho idêntico ao de Cuca, seu antecessor, em início no Peixe
O técnico Ariel Holan completou os primeiros dez jogos no comando do Santos na derrota por 2 a 0 para o Barcelona de Guayaquil, na última terça-feira, pela estreia na fase de grupos da Libertadores.
O argentino foi contratado pelo Peixe há exatos dois meses, em 22 de fevereiro. A estreia foi só em março, uma derrota por 4 a 0 no clássico contra o São Paulo.
De lá para cá, Holan vem tentando modificar o estilo de jogo do Santos e encaixá-lo às suas ideias, além de ter aberto ainda mais espaço aos garotos da base. Tudo isso enquanto enfrenta uma pesada maratona de partidas por Campeonato Paulista e Libertadores com um elenco curto e impossibilitado de ser reforçado, já que o Peixe está punido pela Fifa.
Mas afinal, o que deu certo e o que deu errado nestes dois meses e dez jogos de Holan à frente do Santos? Abaixo, o ge faz um raio-x do trabalho do argentino até aqui.
Números
Nos dez jogos em que comandou o Santos, Holan teve quatro vitórias, três empates e três derrotas, um aproveitamento de 50%. Curiosamente, o desempenho é o idêntico ao obtido por Cuca, seu antecessor, nas dez partidas iniciais quando contratado no ano passado.
O Peixe do argentino sofreu mais gols do que marcou no período: o time teve a meta vazada 16 vezes e balançou as redes em 12 oportunidades.
Nesses 10 jogos, Holan rodou bastante o elenco e utilizou 36 jogadores em razão do calendário apertado, com jogos praticamente de três em três dias.
Veja os atletas usados por Holan em 10 jogos no Santos:
Goleiros: Vladimir, João Paulo e John;
Laterais: Pará, Madson, Felipe Jonatan, Sandro e Wellington Tim;
Meias: Alison, Kevin Malthus, Vinicius Balieiro, Sandry, Guiherme Nunes, Jean Mota, Ivonei, Gabriel Pirani, Lucas Lourenço e Lucas Barbosa;
Atacantes: Soteldo, Marinho, Kaio Jorge, Lucas Braga, Ângelo, Allanzinho, Marcos Leonardo, Bruno Marques, Copete, Lucas Venuto e Renyer.
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Jogos do Santos sob comando de Ariel Holan:
6/3 – São Paulo 4 x 0 Santos
9/3 – Santos 2 x 1 Deportivo Lara
13/3 – Santos 2 x 1 Ituano
16/3 – Deportivo Lara 1 x 1 Santos
6/4 – San Lorenzo 1 x 3 Santos
10/4 – Santos 0 x 0 Botafogo-SP
13/4 – Santos 2 x 2 San Lorenzo
16/4 – Ponte Preta 3 x 0 Santos
18/4 – Santos 2 x 1 Inter de Limeira
20/4 – Santos 0 x 2 Barcelona de Guayaquil
Acertos
Testes com a base: não teve medo de apostar na base e deu chances para muitos nomes que jamais tinham atuado pelo profissional. Holan e seu estafe fizeram ótima análise das promessas do Santos e colheram frutos rapidamente;
Reforços caseiros: seguindo a lógica citada acima, o argentino conseguiu reforços mesmo sem poder contratar. Ao garimpar a base do clube, encontrou e lapidou o zagueiro Kaiky e o meia Gabriel Pirani, hoje titulares da equipe;
Classificação sem sustos à fase de grupos da Libertadores: a primeira grande missão de Holan no Santos era não dar vexame na pré-Libertadores. E isso não esteve nem perto de acontecer. O Peixe passou sem sustos por Deportivo Lara e San Lorenzo na fase preliminar do torneio sul-americano. A estreia na fase de grupos, porém, não foi boa: derrota em casa para o Barcelona de Guayaquil.
Ariel Holan promoveu Gabriel Pirani, hoje titular — Foto: Ivan Storti/Santos FC
Erros
Saída de bola e exposição da defesa: Holan ainda não conseguiu fazer a defesa do Santos encaixar. São frequentes os erros individuais no setor, seja de posicionamento ou de tomadas de decisão, que já fizeram o clube deixar pontos pelo caminho. O Peixe só não foi vazado em um dos dez jogos sob comando do argentino: o empate em 0 a 0 com o Botafogo-SP.
Jogo aéreo defensivo: um problema que perdura no Santos há anos também não conseguiu ser solucionado pelo argentino neste início de trabalho. O Peixe segue mostrando fragilidade em bolas cruzadas na área e já sofreu diversos gols pelo alto desde que Holan assumiu o clube.
Dificuldade na criação: a baixa média de gols do Santos de Holan (pouco mais de um por jogo) se dá pela irregularidade do setor de meio-campo. Com a lesão de Sandry, fora por até nove meses, Holan custa para achar um substituto e vê seu time “travado” na armação, criando poucas chances de gol por partida. Diante do Barcelona, por exemplo, o Peixe não deu um chute certo a gol.
Pará lamenta gol contra no duelo com o Barcelona, do Equador — Foto: Reuters
O próximo jogo do Santos de Holan é nesta sexta-feira, às 22h15 (de Brasília), contra o Novorizontino, pelo Campeonato Paulista.
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