Com futuro incerto no Sesi-Bauru – o contrato válido até maio não deverá ser renovado -, a oposta Polina Rahimova causou polêmica por declarações durante live em uma rede social na última terça-feira.
Dois dias após a eliminação do Sesi-Bauru para o Minas na Superliga, a azeri de 30 anos criticou duramente a central Thaísa, da equipe mineira, com quem teve um atrito durante as semifinais da competição. Sobrou até mesmo para algumas companheiras de equipe, como Tiffany e Dani Lins.
Durante a live, Poli, como é conhecida, foi questionada por alguns fãs sobre a polêmica com Thaísa. Ela disse que o atrito começou a partir de uma brincadeira que ela teria feito sem a intenção de provocar a equipe adversária, mas que ganhou repercussão nas redes sociais. Sem citar nomes, a oposta do Minas teria provocado Polina após a vitória do último domingo. Durante a live, a oposta do Sesi-Bauru não poupou críticas à rival.
“Thaísa estava feliz com isso, porque ela pôde receber mais atenção. Ela pode usar meu Instagram ou minha pessoa para ser mais famosa porque seu botox, silicone e tatuagens não têm sido suficientes. Se você quer mais atenção, posso fazer um post especialmente para você, é só pedir”, disse Polina.
Mais tarde, também na rede social, Polina disse ter refletido sobre os comentários a respeito da aparência da central do Minas. Ela disse “não conhecer muito bem a cultura brasileira” e admitiu ter “tocado em um assunto muito privado”, situação que teria lhe servido como lição.
Questionada sobre a possibilidade de atuar no Minas, Polina voltou a citar a central da equipe mineira, frisando que poderia defender o clube desde que não tivesse que compartilhar o vestiário com Thaísa.
– Você acha que eles me querem lá agora? Eu acho que eu posso ir para o Minas se a Thaísa não estiver lá.
Críticas internas
Ainda durante a live, Polina Rahimova negou que tenha havido brigas nos vestiários do Sesi-Bauru durante os playoffs da Superliga. Segundo ela, as jogadoras se reuniam para conversas internas, mas sempre em tom de motivação.
Por outro lado, ao ser questionada sobre o que pensa sobre algumas das companheiras de equipe, surgiram críticas. Um dos alvos foi a ponteira Tiffany.
– O que eu penso sobre a Tiffany? É uma jogadora forte, mas ela tem que jogar três sets, num 3 a 0, e acabou, pois ela tem dificuldade de resistência para continuar.
A levantadora Dani Lins também não escapou dos comentários da azeri. Ela mencionou suas três cirurgias no joelho e a preferência por não receber a bola muito próximo à rede. Diante disso, Poli disse que por vezes a campeã olímpica faz recepções e levantamentos ruins.
– Dani Lins às vezes tem recepções ruins. Eu compreendo, todas as levantadoras também têm esse mesmo problema. Às vezes ela levanta bolas perfeitas e às vezes muito mal. Mas isso é do jogo, nós temos de apoiar umas às outras. Eu não posso dizer que ela é uma levantadora ruim.
Futuro incerto
Sem contrato assinado para a próxima temporada, Polina Rahimova disse que seu futuro está indefinido. A oposta revelou ter propostas para atuar em alguns países, mas ainda não se decidiu sobre o próximo passo na carreira.
– Não sei ainda sobre a próxima temporada porque não assinei nenhum contrato. Quando assinar um contrato, poderei dizer. Tenho algumas propostas em alguns países. Estou esperando pela melhor opção para decidir.
A azari revelou gostar o Brasil e que seguir no país também é uma possibilidade. No entanto, voltou a alfinetar o elenco do Sesi-Bauru dizendo que pretende atuar em uma equipe onde haja “outras pessoas ajudando”.
– Um time de vôlei, não um time de uma jogadora apenas como se você não pudesse ajudar o time mesmo jogando muito bem. Tem que haver outras pessoas ajudando. Talvez jogarei no Brasil, talvez não. Gosto do Brasil.
Procurado pela reportagem, o Sesi-Bauru informou que o contrato de Polina é válido até maio e que o clube não tem nada a se manifestar a respeito de qualquer outra questão no momento.