Associação Internacional de Boxe marca eleições para 2022 após ameaça do COI

A Associação Internacional de Boxe (Aiba) definiu que fará eleições para presidente e para o corpo diretor em 2022. Os detalhes da reforma de governança serão

Associação Internacional de Boxe marca eleições para 2022 após ameaça do COI -

Redação Publicado em 23/09/2021, às 00h00 - Atualizado às 12h01

Força-tarefa gere o esporte olímpico desde 2019 após acusações de má gestão e escândalo de arbitragem

A Associação Internacional de Boxe (Aiba) definiu que fará eleições para presidente e para o corpo diretor em 2022. Os detalhes da reforma de governança serão definidos em um congresso marcado para o dia 12 de dezembro. O local do evento ainda não foi divulgado.

A medida é considerada fundamental para que o COI reconsidere a autoridade da Aiba para a gestão do boxe olímpico, que desde 2019 é feita por uma força-tarefa indicada pelo COI. A entidade, inclusive, ameaçou, na semana passada, retirar o esporte do programa dos Jogos de Paris.

Umar Kremlev, presidente da Aiba — Foto: Getty Images

– Boxeadores e aqueles que torcem por eles merecem ter absoluta certeza de que a liderança deles é a correta e que exercerá os direitos democráticos deles de forma efetiva. A adoção de regulações ainda mais rígidas vão assegurar que estas eleições levem a um bom nível de governança que acredito que servirá de exemplo para os outros – disse o atual presidente, Umar Kremlev, através de nota reproduzida pelo site “Inside The Games”.

O COI demonstra preocupação inclusive com a elegibilidade dos candidatos das eleições de dezembro de 2019, que levou Kremlev ao poder. O antecessor dele, Gafur Rakhimov, renunciou ao cargo após ser incluído numa lista do Departamento de Tesouro dos Estados Unidos como um dos “principais criminosos do Uzbequistão”.

A Aiba enfrenta graves denúncias desde que estourou um escândalo sobre a conduta de árbitros escalados na Rio 2016. Todos os 36 juízes que compuseram o quadro daquela edição das Olimpíadas foram preventivamente suspensos por suspeita de integrarem um esquema de corrupção e proibidos de trabalhar nos Jogos de Tóquio 2020.

A investigação se tornou necessária após a Aiba receber denúncia de combinação de resultados sob a gestão de Karim Bouzidj, ex-diretor executivo da entidade. Bouzidj não foi formalmente acusado por falta de provas, mas internamente há a convicção de que ele usou a autoridade do cargo para influenciar os árbitros. As informações são do site “Inside the Games”

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Globo Esporte

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