Após serem inicialmente excluídas de um trecho do revezamento da tocha olímpica, em um episódio que gerou comoção nacional, as mulheres foram autorizadas a carregar a chama durante passagem pela cidade de Handa, em Aichi, no Japão.
A referida passagem ocorrerá na próxima terça-feira, quando um barco tradicional vai cruzar um canal na cidade. Pela previsão original, apenas homens entrariam na embarcação, que vai percorrer um trajeto de 200m com a tocha.
A proibição se dava porque as mulheres sempre foram impedidas de entrar no barco, chamado de Chintoro, que é usado durante festividades na cidade há séculos.
– Nós vamos permitir mulheres no barco porque o revezamento [da tocha] é um evento separado do festival normal – afirmou uma autoridade local.
O banimento à presença feminina havia gerado críticas da presidente do Comitê Organizador das Olimpíadas de Tóquio, Seiko Hashimoto. Agora, ela comemorou a flexibilização.
– Eu entendo que a cidade levou em consideração a importância da igualdade de gênero, o objetivo dos Jogos enquanto preserva a maravilhosa cultura tradicional do Japão – disse Hashimoto.
A chefe da organização das Olimpíadas chegou ao cargo em fevereiro, depois que o então presidente, Yoshiro Mori, fez comentários sexistas que tiveram repercussão internacional.