Manifestantes invadiram ministérios do governo em Beirute e danificaram os escritórios da Associação de Bancos Libaneses, neste sábado (8), enquanto tiros
Redação Publicado em 09/08/2020, às 00h00 - Atualizado às 14h44
Manifestantes invadiram ministérios do governo em Beirute e danificaram os escritórios da Associação de Bancos Libaneses, neste sábado (8), enquanto tiros eram disparados em protestos cada vez maiores após a explosão devastadora desta semana. Os protestos no Líbano seguem ao longo do domingo (9).
Cerca de 10.000 pessoas se reuniram na praça Martyrs, algumas arremessando pedras. A polícia lançou gás lacrimogêneo quando alguns manifestantes tentaram quebrar uma barreira que bloqueava a rua que leva ao Parlamento, disse um jornalista da Reuters. Um policial morreu.
A Cruz Vermelha disse que havia tratado ferimentos em 117 pessoas, e outras 55 foram levadas ao hospital. Um incêndio começou na praça Martyrs, no centro da cidade.
Dezenas de manifestantes invadiram o Ministério das Relações Exteriores, onde queimaram uma fotografia do presidente Michel Aoun, representante para muitos de uma classe política que governou o Líbano por décadas e que dizem ser culpada pela profunda crise política e econômica.
“Ficaremos aqui. Chamamos o povo libanês para ocupar todos os ministérios”, disse um manifestante, com um megafone.
Imagens de televisão mostraram manifestantes também invadindo os ministérios da Energia e da Economia. Os manifestantes disseram que os políticos deveriam ser enforcados e punidos pela negligência que, segundo eles, levou à gigantesca explosão de terça-feira que matou 158 pessoas e feriu outras 6.000.
Os manifestantes entoavam “o povo quer a queda do regime”, bordão popular durante a Primavera Árabe, em 2011. “Revolução. Revolução”. E seguravam cartazes que diziam: “Saiam, vocês são todos assassinos.”
Ministra da Informação do Líbano renuncia ao cargo em meio à crise com explosão em Beirute
Também neste domingo (9), dois ministros deixaram seus cargos no governo libanês.
Pela manhã, Manal Abdel Samad, ministra da Informação, foi a primeira baixa do governo desde a tragédia na região portuária de Beirute, na terça-feira (4). “Depois do enorme desastre em Beirute, apresento minha renúncia do governo”, declarou a ministra em um breve discurso na televisão. “Peço desculpas aos libaneses, não atendemos às suas expectativas”, acrescentou.
No início da noite, em horário local, Damianos Kattar, ministro do Meio Ambiente, também anunciou sua demissão. Agências locais informam que o primeiro-ministro Hassan Diab tentou convencê-lo a permanecer no governo até o último minuto, mas não teve sucesso.
Um dia antes, Hassan Diab disse que a única saída para o país seria a antecipação das eleições.
Por G1
Leia também
Lula sobre tragédia no RS: "não sei o que Deus está pensando"
Modelo tem as duas pernas amputadas após usar item íntimo comum entre mulheres; entenda
Sem imposto, compra de armas e munições podem ter possibilidade de "cashback", diz Ministério da Fazenda
Marca de produtos de limpeza alerta para lotes contaminados; confira
Prêmio Nobel: Lula reconhece esforços solidários de brasileiros
Chuvas fortes podem atingir quatro estados brasileiros nos próximos dias; confira quais
AstraZeneca retira completamente sua vacina do mercado; motivo preocupa
Mulher morre na mesma agência bancária do caso "Tio Paulo"
Moeda de R$ 1 de JK pode valer até R$ 1.800: saiba como identificar
Caminhão com doações sofre acidente e tomba na Rodovia dos Bandeirantes em SP