Brittney Griner, jogadora de basquete, foi detida em fevereiro na Rússia
Thais Bueno Publicado em 26/10/2022, às 18h49
Brittney Griner ficará, definitivamente, na prisão por nove anos.
Na manhã da última terça-feira (25), em julgamento realizado em Moscou, a Justiça russa negou o recurso apresentado pela defesa da estrela do basquete americano, presa desde fevereiro deste ano por porte de drogas e não tirou a condenação de nove anos de prisão para a atleta.
Durante a audiência, a esportista pediu desculpa pelo que nomeou como "erro honesto" e revelou que toda a situação tem sido "muito estressante".
Para quem não se lembra, a bicampeã olímpica com a seleção dos Estados Unidos foi sentenciada a nove anos de prisão por contrabando e posse de óleo de Cannabis, substância proibida na Rússia.
Enquanto a Justiça do país considerou a sentença justa e manteve a condenação. O advogado da atleta, Alexander Boykov, por outro lado, comentou o seguinte:
"Nenhum juiz, de forma honesta, concordaria que a sentença de nove anos de prisão está de acordo com as leis russas".
Griner, que foi foi campeã da WNBA pelo Phoenix Mercury, foi condenada depois de as autoridades russas terem achado um cigarro eletrônico que continha óleo de Cannabis em sua bagagem, em fevereiro, no aeroporto de Sheremetyevo.
Ela estava voltando ao país para jogar no UMMC Ekaterinburg.
Embora tenha confessado que realmente tinha os itens em sua bagagem, ela disse que “os embalou às pressas e que não tinha intenção criminosa".
Para defender da jogadora, seus advogados mostraram declarações escritas de que ela havia recebido o óleo para tratar dores.
Para a infelicidade de Griner, sua condenação caiu num período complicado entre os Estados Unidos e a Rússia por conta da invasão da Ucrânia.
O governo estadunidense tentou diversas vezes repatriar a atleta, mas não conseguiu.
Os defensores da moça tentaram diminuir a pena ao comentar que nove anos seria uma punição excessiva. Isso porque várias pessoas diferentes receberam sentenças menores, de cinco anos, com possibilidade de liberdade condicional.
Antes da condenação de Brittney, em agosto, o Departamento de Estado dos EUA mencionou que ela estaria “detida injustamente”. A Rússia, por sua vez, negou fortemente.
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