Na internet é possível encontrar pessoas pedindo R$ 9 mil pela figurinha dourada de Neymar, um dos jogadores mais procurados
Fernanda Viana Publicado em 29/08/2022, às 19h26
Com o clima da Copa do Mundo se aproximando e o patriotismo brasileiro crescendo pelo futebol, torcedores vão às ruas à procura de bancas para comprar figurinhas e completarem seus álbuns.
Com toda essa animação, surgem os ansiosos que chegam até a pesar os pacotes procurando as famosas figurinhas "especiais" de jogadores mais famosos e outros que estão dispostos a pagar R$ 9 mil pelo item. Mas será que essas figurinhas são mesmo raras?
Segundo informações da Editora Panini para a Folha, isso não passa de um mito e a dificuldade em encontrar certas figurinhas é puramente uma questão de probabilidade.
9 milhões de pacotes são produzidos por dia, de segunda a sexta. A produção das embalagens começou no dia 27 de junho e já totalizou cerca de 400 milhões. Na linha de produção, uma máquina separa aleatoriamente as figurinhas.
Caso a empresa quisesse vender cartas mais raras, com uma menor oferta no trabalho, teria que ser aberto um processo junto ao Ministério da Economia, via Secretaria de Avaliação, Planejamento, Energia e Loteria, por envolver a sorte como um componente da coleção.
Por lei, a produção de figurinhas precisa ser feita de forma que todos os consumidores possam completar seus álbuns.
A Lei nº 9.340/1996 estabelece que a quantidade de figurinhas deverá corresponder ao número de álbuns distribuídos e que todas as figurinhas devem ser distribuídas em cada cidade ou região.
Contudo, o álbum da Copa do Mundo do Qatar incluirá figurinhas raras que não infrigem a legislação. A Panini produziu 80 cromos extras, representadas por 20 jogadores, cada um com quatro versões que indicam sua raridade: comum, bronze, prata e ouro.
Essas figurinhas raras não possuem espaço no álbum e portanto não são necessárias para completarem a colagem. Além disso são extras no pacotinho, contando como o sexto item, em uma embalagem que geralmente contém cinco.
A Panini trata essas cartas como itens de colecionador e portanto não é necessário abrir um inquérito no Ministério da Economia.
A procura dessas figurinhas, porém, criou uma grande caçada entre os fãs dos álbuns. Na internet, é possível encontrar a versão dourada de Neymar sendo vendida por R$ 9 mile vídeos de pessoas pesando pacotes tentando identificar a presença de itens extras nas embalagens.
A gerente de marketing da Panini Brasil, Carolina Motta afirmou à Folha que comerciantes não permitem a pesagem dos pacotes antes de serem vendidos e alerta que tais vídeos foram gravados em casa após a compra.
Carolina falou também sobre outras teorias engraçadas que já chegaram à editora e conta que alguns acreditam que as figurinhas possuem hologramas e, caso alguém encontrar, a Panini pagaria R$ 1 milhão, mas conclui desmentindo a lenda.
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