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Zíbia Gasparetto morre em São Paulo aos 92 anos

A escritora espiritualista Zíbia Gasparetto morreu no final da tarde desta quarta-feira (10), em sua casa, no Ipiranga, Zona Sul de São Paulo.

Zíbia Gasparetto morre em São Paulo aos 92 anos
Zíbia Gasparetto morre em São Paulo aos 92 anos

Redação Publicado em 11/10/2018, às 00h00 - Atualizado às 09h05


Escritora Zíbia Gasparetto morre aos 92 anos em SP

Escritora Zíbia Gasparetto morre aos 92 anos em SP

A escritora espiritualista Zíbia Gasparetto morreu no final da tarde desta quarta-feira (10), em sua casa, no Ipiranga, Zona Sul de São Paulo.

Segundo amigos da família, Zíbia lutava desde o início do ano contra um câncer no pâncreas. Ela morreu dormindo.

O corpo será velado a partir das 10h desta quinta-feira (11), no Cemitério de Congonhas.

A informação também foi divulgada na página de Zíbia nas redes sociais. “Hoje, o astral recebe com amor uma de suas representantes na Terra”, diz post no Facebook.

Zibia Gasparetto tinha 92 anos — Foto: Reprodução/Facebook/Zibia Gasparetto

Zibia Gasparetto tinha 92 anos — Foto: Reprodução/Facebook/Zibia Gasparetto

“Zibia Gasparetto, 92 anos, completou hoje sua missão entre nós e parte para uma nova etapa ao lado de seus guias espirituais, deixando uma legião de fãs, amigos e familiares, que foram tocadas por sua graça, delicadeza e por suas palavras sábias”, completa o texto.

Natural de Campinas, interior do estado, Zíbia ficou conhecida na literatura espírita. Ela se dedicou ao espiritismo por 68 anos e tem 58 obras publicadas, com mais de 18 milhões de exemplares vendidos. Durante sua carreira, a escritora também ganhou notoriedade como médium.

Entre as principais obras estão “O amor venceu”, “Eles continuam entre nós” e “A vida sabe o que faz”.

De origem italiana, Zibia Gasparetto foi casada com Aldo Luiz. Juntos, estudaram a doutrina espírita e passou a frequentar reuniões públicas da Federação Espírita do Estado de São Paulo, além de realizar estudos em casa.

A editora ‘Vida e Consciência’, responsável pelas publicações de Zíbia, divulgou, em seu site, uma nota sobre o falecimento da autora.

“Foram mais de 68 anos dedicados ao espiritismo, 58 obras publicadas e mais de 18 milhões de livros vendidos. Agradecemos de coração a todos que permitiram que seus ensinamentos de luz permeassem e transbordassem em suas vidas. Esse legado será eterno e os conhecimentos de Zibia sobre as relações humanas e espirituais serão transmitidos por muitas e muitas gerações. Ela segue em paz ao plano espiritual, olhando por todos nós. Feliz recomeço!”, afirma o texto.

Depoimentos

Ao Programa Mais Você, em 2011, Zíbia contou que na adolescência colecionava muitas frases de filósofos. Seu primeiro contato com a mediunidade foi aos 22 anos, quando, em uma dia, ela se levantou e começou a falar em alemão, mesmo desconhecendo a língua.

“A entidade que estava comigo aquela hora ficava muito brava, porque meu marido não entendia tudo”, relatou a escritora.

Ela contou como foi a relação com seu dom logo após a descoberta.

“Nos primeiros dois anos, eu não acreditava que os espíritos pudessem mexer com o seu corpo, com a sua saúde. Parecia que eu iria enfartar, até o dia que eu decidi encarar e percebi que era isso mesmo. Eu não dormia, parecia um zumbi dentro de casa, foi, então, que eu percebi que eles atuam na matéria e mudei completamente”.

Durante o programa, Zíbia também falou sobre seu casamento com Aldo Luiz Gasparetto.“Ele partiu em 1980, ele desencarnou em menos de cinco minutos em um infarto fulminante. Então, eu tive que aprender a andar com as próprias pernas. Acho que ele se foi porque eu precisava desenvolver a minha capacidade, o meu trabalho, e eu fiquei mais livre para isso. Mas ele continua, a vida continua. Se eu estou preocupada com alguma coisa, eu tenho uma poltrona ao lado da minha cama, ele vem e senta, não fala nada, mas eu o vejo ali dizendo para eu ficar firme porque ele está me apoiando. O amor continua”, defendeu.

Ao final da conversa, ela disse: “O mundo está muito sofrido, as pessoas têm que acreditar que a vida continua.”

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