Com pretensão de se lançar candidato à presidência da República em 2022, o governador afastado Wilson Witzel tinha o costume de enviar à aliados diversas
Redação Publicado em 16/09/2020, às 00h00 - Atualizado às 09h43
Com pretensão de se lançar candidato à presidência da República em 2022, o governador afastado Wilson Witzel tinha o costume de enviar à aliados diversas figurinhas de Whatsapp com sua foto vestindo a faixa presidencial. O hábito já era conhecido. Mas, com as investigações sobre desvios de dinheiro na Saúde, foi revelado que Witzel tinha uma série de stickers, um para cada tipo de situação. Para demonstrar que estava satisfeito ou irritado — neste caso, tinha uma imagem dele mais sizudo com a legenda “Pode fuzilar”. Como se sabe, o governador afastado causou grande polêmica quando defendeu uma ação mais dura da polícia e viralizou a frase do “tiro na cabecinha” de criminoso armado de fuzil.
As conversas em que o governador afastado envia as figurinhas foram reveladas pelo “RJ2” da TV Globo. Em uma delas, Witzel fala com Gothardo Netto, ex-prefeito de Volta Redonda, preso na operação Tris in idem. O Ministério Público Federal identificou, com a quebra de sigilo telemático, e-mails do governador para a primeira-dama, Helena Witzel. Ela tinha contratos de prestação de serviços com o Hospital Jardim Amália Ltda (Hinja), que pertence à família de Gothardo Gothardo. Médico, ele também foi deputado estadual e era considerado muito próximo de Witzel.
Em contraste com o “Pode fuzilar”, Witzel mandava para o aliado stickers fazendo o gesto de “paz e amor” ou até com a frase “amo vocês!”, caso fosse elogiado. Em um dos papos entre os dois no ano passado, Gothardo elogia o ex-secretário Lucas Tristão, também alvo da operação: “Este nosso Lucas é um tanque, garoto prodígio. Altamente preparado, seu pupilo”. Witzel respondeu então com uma foto sua, logo após desembarcar de um helicóptero, comemorando a morte do sequestrador de um ônibus na Ponte Rio-Niterói.
Nas conversas do governador afastado e o ex-prefeito de Volta Redonda também planejavam a articulação política. No dia 19 de julho de 2019, Netto mandou para Witzel uma notícia de que Jair Bolsonaro não estaria se preocupando com uma possível candidatura do carioca à presidência. Gothardo ainda comemorou a reportagem sugerindo ao aliado permanecer atuando desta forma para conseguir mais investimentos ao Rio.
Em um dos momentos “presidenciais” de Witzel, ambos brincam sobre a possibilidade de Netto assumir o Ministério das Cidades, caso Witzel fosse eleito presidente. Além da brincadeira, o ex-prefeito de Volta Redonda ainda enviou uma imagem comparando o governador de São Paulo João Dória ao o Rio.
“Já recebi umas 20x (sic). O grito de gol está na garganta”, responde Witzel com uma montagem sua usando a faixa presidencial.
Gothardo Netto ainda perguntou ao então governador se poderia dar apoio ou não ao prefeito do Rio Mareclo Crivella. Desde que assumiu o governo do Rio Witzel e Crivella trocaram farpas pela imprensa em diversas ocasiões.
“Tudo bem, mas no momento eu não estou fazendo nada para dar apoio a ele, estou cuidando dos interesses da cidade que ele abandonou”, respondeu Witzel.
Procurado pelo RJTV, Wilson Witzel disse que repudia a divulgação de conversas privadas, que são diálogos banais e que nada tem a ver com o objeto da investigação. Ele também manifestou respeito ao governador João Doria.
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iG
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