Viva a liberdade!

Por Fernanda Trigueiro*

Viva a liberdade!

Vivemos em uma democracia, mas isso não quer dizer que não haja regras. Elas existem e devem ser seguidas. Dizer que o mundo de hoje é livre é papinho. Até na sua casa para uma boa convivência é necessário ordem. Quem tem filhos sabe disso. A criança pode gritar e espernear porque quer algo. Ela está na “liberdade” dela de tentar e insistir pelo que quer, mas não funciona assim…

Com as redes sociais, veio a possibilidade de dar voz a quem antes se mantinha calado. E na página pessoal, tem gente que acha que pode falar o que bem entende. O tal direito da liberdade de expressão. Realmente cada um pensa uma coisa, mas verbalizar e divulgar ao mundo é outra. Bem diferente, por sinal.

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Opinião pode ser uma visão ou uma interpretação sobre algo, mas não necessariamente é a verdade. Até porque existe uma verdade absoluta? No caso de uma opinião criminosa, ela deixa de ser opinião e passa a ser um crime!

Por isso, dizer que pela liberdade aceita-se tudo é um conceito distorcido. Na teoria todos podem se expressar livremente, mas na prática não. Qual é a sua reação, por exemplo, se alguém que xinga a sua mãe? Qual o seu sentimento quando colocam o seu caráter em jogo?

Quando algo ou alguém te atingir, a sua ideia sobre se expressar livremente pode mudar. Nesta sociedade, falta empatia. Falta se colocar no lugar do outro. Temos que sentir na pele literalmente. Assim como é inaceitável o racismo. Temos que ser intolerante com os intolerantes. Temos que ser antirracistas, anti-homofóbicos e também antinazistas.

A humanidade que lutou tanto pra conquistar mais autonomia, hoje se perdeu. Não estou fazendo apologia a censura. Isso, jamais! É possível discordar e é saudável discutir. O que falta não é liberdade. Falta respeito e também bom senso. Como tudo na vida, a liberdade tem limite e ela termina a partir do momento que fere a liberdade do outro ou o próprio indivíduo.

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*Fernanda Trigueiro é uma jornalista apaixonada por pessoas e suas histórias.
Repórter de TV por opção, mas uma escritora por vocação. Vê a notícia além da manchete e dos números.