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Viúva de Marielle: “Mil dias cobrando o Estado brasileiro, sem resposta”

Mônica Benício, vereadora eleita pelo PSOL  e viúva da vereadora Marielle Franco  — assassinada em março de 2018 — publicou nota nesta segunda-feira (7),

Viúva de Marielle: “Mil dias cobrando o Estado brasileiro, sem resposta”
Viúva de Marielle: “Mil dias cobrando o Estado brasileiro, sem resposta”

Redação Publicado em 07/12/2020, às 00h00 - Atualizado às 19h17


“Arrancaram do Rio uma liderança política que lutava por dias melhores para o nosso povo”, lamentou Mônica Benício; nesta terça (8), o assassinato completa mil dias sem solução

Mônica Benício, vereadora eleita pelo PSOL  e viúva da vereadora Marielle Franco  — assassinada em março de 2018 — publicou nota nesta segunda-feira (7), denunciando mil dias sem resposta para a pergunta: quem mandou matar Marielle Franco?

Marielle Franco “lutava por dias melhores para o nosso povo, criticava o atual modelo de segurança pública, que produz a polícia que mais mata e também a que mais morre, direcionada a agredir e até matar grupos de pessoas”, escreve Mônica .

Nesta terça-feira (8), o crime completa mil dias. Mil dias sem resposta, mil dias sem que o mandante do assassinato tenha sido descoberto. “São mil dias sem paz, uma dor infinita que atravessa meu peito diariamente”, lamentou a viúva.

Leia na íntegra

“Estou há mil dias cobrando o Estado brasileiro sobre o atentado político contra Marielle Franco. Sem resposta. Até agora ninguém foi sequer julgado. São mil dias sem paz, uma dor infinita que atravessa meu peito diariamente desde a noite de 14 de março de 2018.

No dia 15 foi a última vez que a vi. Ela já não tinha mais vida. Tenho denunciado o Brasil, de forma incansável, no mundo todo por esse atentado a nossa democracia e esta grave violação dos Direitos Humanos, por entender que as autoridades do país devem responder quem matou e quem mandou matar Marielle Franco e Anderson Gomes.

Retiraram de mim minha esposa, o grande amor da minha vida. Arrancaram do Rio uma liderança política que lutava por dias melhores para o nosso povo. Marielle criticava o atual modelo de segurança pública, que produz a polícia que mais mata e também a que mais morre, direcionada a agredir e até matar grupos de pessoas (negras, LGBTI+, jovens das favelas e periferias, entre outros).

Esse modelo não nos serve. Queremos uma outra sociedade, onde prevaleça o respeito à vida para todas, todos e todes. E essa sociedade que queremos não é possível de ser construída sem Justiça, sem saber quem mandou matar Marielle Franco.

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iG

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