Violência nunca será a solução

Por Renato Nalesso*

Violência nunca será a solução

Outro dia estava aqui nesse mesmo espaço atrelando a violência excessiva no futebol brasileiro a falta de educação no País. Não tenho dúvidas de que um investimento mais maciço dos nossos governantes no setor impediria muita desgraça que anda acontecendo por aí. O caso recente envolvendo o goleiro Cássio do Corinthians é um desses exemplos. Como pode um sujeito que se diz fã de um time de futebol ameaçar de morte seu maior ídolo do momento? Dá pra acreditar em algo tão sem propósito? Tiraram até foto de uma arma em cima de uma camisa corintiana. Absurdo!

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Os protestos não se restringiram só ao goleiro. Englobaram o elenco todo. Aquele papo de ‘Ou joga por amor ou joga por terror!’ foi recitado por muita gente. Um tremendo absurdo que infelizmente foi normalizado pelo diretor de futebol do clube, Roberto de Andrade, em uma entrevista recente. Fato é que logo depois dessas ameaças o Corinthians foi ao Rio de Janeiro e venceu o Botafogo mostrando uma força de vontade incrível. Algo que não existiu na estreia da Libertadores.

Significa que a pressão surtiu efeito? Claro que não! Violência nunca foi e não pode ser a solução de nada. Ainda mais se falarmos de futebol. Prefiro acreditar sim no trabalho do técnico Vítor Pereira e na superioridade do próprio Timão, que realmente massacrou os cariocas no primeiro tempo. Mais uma prova dessa mudança de postura natural do elenco veremos nesta quarta, em Itaquera, diante dos colombianos do Deportivo Cali pela Libertadores. Eu disse mudança natural. Não por causa da violência. E essa resenha de que pressão de torcida é algo natural dentro do Corinthians é conversa fiada, viu Roberto de Andrade???

Toca nele que é gol!

Quando o atacante Jonathan Calleri esteve no São Paulo a primeira vez em 2016, confesso não via lá grandes coisas. Sempre foi um jogador de fazer gols, mas que não chamava tanto a atenção. Até porque o elenco do Morumbi tinha muito mais qualidade naquela ocasião. Enfim, o gringo rodou pela Europa em um monte de time pequeno e de fato nunca teve tanto sucesso. Não deixou saudades em nenhum lugar! Mas essa volta dele ao Tricolor, ainda aos 28 anos, tem sido providencial. Em uma equipe instável de muitos altos e baixos, esse argentino é o ponto forte. Tem feito gols em quase todas as partidas e logo na estreia do Brasileirão fez um baita ‘hat-trick’ contra o Athlético/PR. Já reconquistou o coração do torcedor Tricolor e virou um dos principais goleadores do futebol brasileiro.