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Variantes do coronavírus: o que se sabe até agora em 5 perguntas e respostas

Uma mutação é uma mudança que ocorre de forma aleatória no material genético. No caso do Sars CoV-2, o novo coronavírus, ela ocorre no RNA, fita única que

Variantes do coronavírus
Variantes do coronavírus

Redação Publicado em 10/01/2021, às 00h00 - Atualizado às 12h13


Instituto Adolfo Lutz confirmou dois casos da nova variante do coronavírus em SP, com origem no Reino Unido. Na Bahia, o governo confirmou um caso com a mutação encontrada na África do Sul.

Três casos das variantes do Reino Unido e da África do Sul foram confirmados no Brasil. Em São Paulo, o Instituto Adolfo Lutz confirmou dois casos da nova mutação do Reino Unido. Na Bahia, o governo confirmou um caso da nova cepa da África do Sul. E agora? O vírus é mais agressivo? Veja abaixo 5 perguntas e respostas sobre que se sabe até o momento.
São Paulo confirma dois casos da nova variante do coronavírus

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1. O que é uma mutação?

Uma mutação é uma mudança que ocorre de forma aleatória no material genético. No caso do Sars CoV-2, o novo coronavírus, ela ocorre no RNA, fita única que carrega as “informações” do vírus. Essas alterações ocorrem com frequência e não necessariamente deixam o vírus mais forte ou mais transmissível. Por isso, pesquisadores acompanham o caminho das transmissões e fazem um mapeamento do material genético no decorrer da pandemia, uma forma de monitorar as versões que realmente merecem atenção.

2. Como se chamam e onde surgiram as novas variantes do novo coronavírus?

A variante chamada de B.1.1.7 surgiu no Reino Unido. Estudo publicado em dezembro descreve que os primeiros dois casos foram detectados na cidade de Kent e em Londres, em 20 e 21 de setembro, respectivamente.

Na África do Sul, a variante encontrada é a E484K. Ela foi identificada em análises feitas em outubro. Em dezembro, o país relatou a mutação à Organização Mundial da Saúde (OMS). Essa nova variante parece ser transmitida mais rapidamente do que as cepas mais antigas, dizem os pesquisadores que a identificaram na África do Sul.

3. A mutação do novo coronavírus deixou ele mais agressivo?

Por enquanto, não há comprovação de que o vírus esteja mais forte ou cause uma versão mais grave da Covid-19. Os cientistas apontam apenas que as trocas genéticas afetaram a maneira como o vírus se fixa nas células humanas.

“O fato de ela [nova versão do coronavírus] não ser mais patogênica não significa que não vá aumentar o número de pessoas doentes. Quando você tem mais gente infectada, acaba levando a um número maior de pessoas doentes. Sim, ela pode causar bastante estrago. A gente precisa estar atento. E as pessoas precisam entender que todo mundo tem que ter mais cuidado agora”. disse Ester Sabino, coordenado pela diretora do Instituto de Medicina Tropical da Universidade de São Paulo, uma das especialistas que sequenciou a nova variante encontrada no Brasil.

Pesquisadora sobre nova variante do coronavírus no Brasil: ‘Pode causar bastante estrago’

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4. A mutação do novo coronavírus deixou ele mais transmissível?

Sim. Ambas as novas variantes da África do Sul e do Reino Unido parecem ser mais contagiosas. Estudo médico divulgado no final de dezembro aponta que a nova versão do Reino Unido é entre 50% a 74% mais contagiosa.

Pesquisadores também acreditam que a variante da África do Sul é mais contagiosa, já que a mutação se expandiu rapidamente. Por isso, é importante manter as medidas de isolamento, usar máscara e manter a constante higienização das mãos.

5. As vacinas devem funcionar para essas novas variantes?

Por enquanto, de acordo com a OMS, ainda não há informação suficiente para determinar se as variantes afetarão a eficácia das vacinas, afirmando que pesquisas estão em andamento.

Especialistas dizem que as vacinas podem ser reformuladas e ajustadas para se adequar melhor ao vírus em questão de semanas ou meses, se necessário. Um estudo preliminar mostrou que a vacina da Pfizer/BioNTech é eficaz contra as mutações do coronavírus.

OMS diz que nova variante do coronavírus não deve prejudicar ação das vacinas

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G1 – Globo.

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