O Tribunal Regional Federal da 3ª Região (TRF3), em São Paulo, manteve uma decisão judicial que condenou a União a pagar R$ 200 mil em danos morais à mãe de
Redação Publicado em 15/09/2021, às 00h00 - Atualizado às 08h34
O Tribunal Regional Federal da 3ª Região (TRF3), em São Paulo, manteve uma decisão judicial que condenou a União a pagar R$ 200 mil em danos morais à mãe de um militante morto em decorrência de tortura no Departamento de Ordem Política e Social (DOPS), localizado na cidade de São Paulo.
O desembargador Johonsom di Salvo, da 6ª Turma do TRF3, negou pedido da União contra a decisão, que buscava anular a condenação.
Ele entendeu haver prova “abundante da causa da morte” pela tortura no período do regime militar e de que, apesar de ter sido identificada no Instituto Médico Legal (IML), a vítima foi enterrada como indigente, situação que gerou grave dano emocional à mãe.
Conforme o processo, o militante foi preso por agentes do DOPS quando saía de sua casa, em 23 de junho de 1969., na cidade de São Paulo. Ele havia saído do Exército para integrar a Vanguarda Popular Revolucionária (VPR), grupo revolucionário durante o regime militar liderada por Carlos Lamarca.
O militante morreu 6 dias após a prisão.
Laudo do IML, à época, tratou o episódio como o suicídio de um desconhecido que se atirou algemado contra um ônibus na Avenida Celso Garcia, em São Paulo. No entanto, a Comissão Especial sobre Mortos e Desaparecidos Políticos concluiu que ele morreu em decorrência de tortura.
Em depoimento, a mãe do militante declarou que soube pelos relatos de outros presos e de um funcionário do IML que o filho foi barbaramente torturado até morrer no Dops e que o corpo do filho foi jogado na frente de um ônibus para simular o suicídio.
Posteriormente, foi descoberto que o jovem de 20 anos foi enterrado como indigente no Cemitério da Vila Formosa.
“O dano moral sofrido (pela mãe) é mais que evidente e justifica o recebimento de indenização por todo sofrimento e desgaste psíquico experimentado com o encarceramento de seu filho por motivação política no DOPS/SP, onde foi seviciado até a morte e depois descartado numa vala comum, sem qualquer identificação, de forma indigna e desrespeitosa”, escreveu o desembargador na decisão.
.
.
.
.
G1
Leia também
Brasil volta ao mapa dos investimentos internacionais: país sobe no ranking da Kearney
Investimento para programa de incentivo no setor de eventos é de R$ 15 bi
Bombeiros continuam procurar pescadores desaparecidos há 6 dias
Bruna Marquezine é flagrada em cima de João Guilherme e fãs vão a loucura
Participantes do "Enem dos concursos" já podem acessar o cartão de confirmação; veja como consultar
Cidade proíbe venda de sorvetes após meia noite; entenda o motivo
Marina Sena engata romance com influenciador famoso; veja quem
“Friends” voltará a ser exibida na TV; descubra onde e quando assistir
Mulher viraliza ao revelar descoberta inacreditável sobre psicóloga e ex-marido
Mega-Sena: prêmio acumula e vai a R$ 6 milhões; veja como apostar