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Uma semana após volta às aulas, alunos da rede municipal de SP ainda não têm uniforme nem material

A Prefeitura de São Paulo liberou nesta terça-feira (15) o acesso aos créditos para a compra dos materiais escolares e dos uniformes dos alunos da rede

Uma semana após volta às aulas, alunos da rede municipal de SP ainda não têm uniforme nem material
Uma semana após volta às aulas, alunos da rede municipal de SP ainda não têm uniforme nem material

Redação Publicado em 16/02/2022, às 00h00 - Atualizado às 07h41


A Prefeitura de São Paulo liberou nesta terça-feira (15) o acesso aos créditos para a compra dos materiais escolares e dos uniformes dos alunos da rede municipal, porém, pais e responsáveis ainda estão com dificuldades para acessar o aplicativo.

O valor foi liberado oito dias depois da volta às aulas, e ainda assim, a ferramenta apresenta falhas para resgatar o dinheiro. Segundo a prefeitura, os créditos de 2022 podem ser usados até 31 de outubro.

A produção do SP2 tentou acessar o aplicativo, que é diferente do ano passado, mas também não conseguiu. Até o fim da tarde desta terça, usuários com celulares com sistema Android não estavam conseguindo baixar o aplicativo. Para o sistema iOS, ele estava disponível, mas de forma instável.

Uniformes escolares e material escolar oferecido pela Prefeitura de São Paulo aos alunos da rede pública da capital paulista.  — Foto: Divulgação/PMSP

Uniformes escolares e material escolar oferecido pela Prefeitura de São Paulo aos alunos da rede pública da capital paulista. — Foto: Divulgação/PMSP

A central de atendimento da empresa contratada pela prefeitura para desenvolver o aplicativo informou que, neste caso, seria necessário esperar até o final do dia para conseguir acessá-lo e que o responsável pela ferramenta está realizando uma verificação para solucionar o problema.

A filha da Luciana Moura, Aline, de 5 anos, está no último ano da educação infantil e voltou para a escola há uma semana, mas ainda está sem uniforme e material.

Luciana foi informada que, assim como no ano passado, é necessário realizar o cadastro em um aplicativo para pegar o crédito disponível para a compra do kit escolar nas lojas credenciadas pelo município, mas o aplicativo apresenta erros. “A gente não tem nenhuma lista para poder comprar alguma coisa, não tem porque a lista é disponibilizada pelo aplicativo”, afirmou Luciana Moura.

“Para ir para escola, um uniforme fica muito mais fácil até para a própria escola conseguir identificar quem são e quem não são alunos. Uma segurança maior com uniforme”, completou.

Para os materiais escolares, os pais dos alunos do Ensino Infantil, do Fundamental e das Escolas de Línguas, vão receber de R$ 39 a R$ 200, de acordo com o ano. Já para os uniformes, o crédito é de até R$ 453.

Não é de hoje que os pais dos alunos da rede municipal de São Paulo enfrentam dificuldades para retirar os uniformes e os materiais dos filhos. Desde 2017, o Tribunal de Contas do Município (TCM) aponta problemas no fornecimento dos uniformes escolares na capital.

Em junho do ano passado, o TCM divulgou um levantamento mostrando que 89% dos responsáveis tiveram dificuldades para receber e 49% não receberam o crédito da prefeitura.

Em 2021, 89% dos responsáveis tiveram dificuldades para receber e 49% não receberam o crédito da Prefeitura.   — Foto: Reprodução/ Tv Globo

Em 2021, 89% dos responsáveis tiveram dificuldades para receber e 49% não receberam o crédito da Prefeitura. — Foto: Reprodução/ Tv Globo

Quem ainda não recebeu o valor para a compra dos uniformes e dos materiais está reutilizando os do ano passado.

A Secretaria Municipal de Educação informou que, para facilitar o acesso aos benefícios, está usando um só aplicativo para os uniformes e o material. Disse também que será oferecida uma alternativa a quem não possui CPF, documento com foto ou não conseguir baixar o aplicativo, mas não explicou qual será ela.

Em nota, a prefeitura disse que o aplicativo foi desenvolvido por uma empresa especializada, que venceu o processo de licitação e está em fase de ajustes, mas não informou quando o problema será resolvido. Ainda segundo a prefeitura, na manhã desta terça-feira (15), 4.500 usuários conseguiram baixar o aplicativo, mas não fica claro se eles conseguiram usar o serviço.

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G1
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