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Uma coluna sobre ser ou estar

Por Fernanda Trigueiro

Fernanda Trigueiro
Fernanda Trigueiro

Redação Publicado em 17/09/2021, às 00h00 - Atualizado às 09h50


Por Fernanda Trigueiro

Uma coluna sobre ser ou estar

Vamos começar do começo e nada melhor do que explicar o porquê do nome desta coluna. Os verbos “ser” e “estar” em inglês, por exemplo, se misturam e unidos fornam o famoso e tão estudado “to be”. Quem nunca deu inicio ao estudo do idioma conjugando “I am, You are… ”?

Só que no português este único verbo se traduz em duas diferentes palavras, que têm ações tão distintas. Ser e estar e suas nuances…

Eis que aqui quem escreve sou eu, que estou uma colunista neste momento em frente ao meu computador. Mas daqui a pouco estarei em outra função. Posso estar repórter de TV, posso estar aluna de um curso que estou fazendo, posso estar filha, amiga, namorada, esposa ou posso estar “nada”, apenas curtindo o ócio.

A vida vem me mostrando como o meu “ser” se transformou e vem se transformando.

Não sou mais aquela da semana passada e quando olho pra trás vejo como mudei. As baladas não me pegam mais. Bem eu que, aos 20 anos, não descartava um convite, virei tantas noites curtindo com os amigos. Agora não passo nem na porta.

E o café, então? Achava uma loucura pedir um no balcão da padaria. Nunca pensei que trocaria o meu achocolatado com gostinho de infância. Agora, uma única xícara de café preto e amargo já faz o meu dia mais feliz. Quem diria…

Confesso que não digo mais nada. Não sei onde irei chegar e muitas vezes não me reconheço, afinal, não sou mesmo a mesma!

Nossas experiências são responsáveis não só pelo que a gente é, mas também pela forma como nos encontramos no presente, ou seja, como estamos. O medo de hoje pode virar combustível para uma atitude de coragem que você precisa tomar lá na frente. Por acaso você já se viu em desespero por alguma coisa sem nem conseguir ver luz no fim do túnel? Mas aí passam horas ou dias, você se acalma e vê que não era tão ruim assim, que a solução vai aparecer se já não apareceu. As coisas vão se acertando e, assim, aquele seu “ser” desesperado de repente “está” calmo e confiante.

“O tempo é um santo remédio”, já diziam os mais velhos. E eles têm razão! O tempo transforma, desde que você esteja aberto. Deixe a vida te levar que você será quem precisa ser! E quando o desespero bater, afirme “você está, e não é”.

Neste espaço vamos juntos/as compartilhar sonhos, planos, imprevistos e angústias, dividir nossas experiências sem rótulos, sem censura e sem julgamento. Vamos falar da vida e das voltas que ela dá.

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*Fernanda Trigueiro é uma jornalista apaixonada por pessoas e suas histórias.
Repórter de TV por opção, mas uma escritora por vocação. Vê a notícia além da manchete e dos números.
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