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Ucranianas fazem cursos de autodefesa perto da fronteira com a Rússia

Viktoria Makarova carrega seu rifle e mira em um alvo no chão coberto de neve, enquanto um instrutor a mantém firme para o recuo.

Ucranianas fazem cursos de autodefesa perto da fronteira com a Rússia
Ucranianas fazem cursos de autodefesa perto da fronteira com a Rússia

Redação Publicado em 08/02/2022, às 00h00 - Atualizado às 07h13


Demanda por cursos militares aumentou entre civis ucranianos

Viktoria Makarova carrega seu rifle e mira em um alvo no chão coberto de neve, enquanto um instrutor a mantém firme para o recuo.Ucranianas fazem cursos de autodefesa perto da fronteira com a RússiaUcranianas fazem cursos de autodefesa perto da fronteira com a Rússia

Gerente de uma empresa de construção na cidade de Kharkiv, no leste da Ucrânia, Makarova está passando os fins de semana aprendendo a disparar armas, praticar artes marciais e aprimorar suas habilidades de primeiros socorros, enquanto o país se prepara para possível guerra com a Rússia.

Ela faz um curso de autodefesa na segunda maior cidade da Ucrânia, um centro industrial a 40 quilômetros da fronteira com a Rússia.

“Agora é hora de proteger meu país, minha casa e minha família”, disse a mãe de dois filhos, de 44 anos.

“Tropas russas estão se acumulando em nossas fronteiras e há enorme perigo de sermos invadidos novamente. Não vamos fugir e abandonar nossa amada cidade de Kharkiv, isso significa que temos que aprender a defendê-la”, afirmou Makarova.

A Rússia reuniu mais de 100 mil soldados perto das fronteiras da Ucrânia nas últimas semanas, provocando temores de uma invasão militar em larga escala. Moscou nega esse plano, mas exige garantias de segurança do ocidente, incluindo a promessa da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) de nunca admitir a adesão de Kiev ao grupo.

A demanda por cursos militares e de autodefesa aumentou entre civis ucranianos à medida que crescem temores de uma invasão.

Dariya Konokh, estudante de direito de 23 anos que participa do curso, disse que não ficou surpresa com o fato de a maioria dos participantes ser do sexo feminino.

“Este é o lugar certo para meninas. Conheço muitas mulheres militares profissionais e acredito que o gênero nesta situação não importa”, acrescentou.

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Agência Brasil

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