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Turbulências refletem incerteza sobre futuro da economia durante período eleitoral, diz Eduardo Guardia

O ministro da Fazenda, Eduardo Guardia, disse ao blog que as recentes turbulências no mercado refletem a incerteza sobre o futuro da economia do país durante

Turbulências refletem incerteza sobre futuro da economia durante período eleitoral, diz Eduardo Guardia
Turbulências refletem incerteza sobre futuro da economia durante período eleitoral, diz Eduardo Guardia

Redação Publicado em 12/09/2018, às 00h00 - Atualizado às 15h53


O ministro da Fazenda, Eduardo Guardia, disse ao blog que as recentes turbulências no mercado refletem a incerteza sobre o futuro da economia do país durante a eleição presidencial.

“As recentes altas do dólar e dos juros no mercado futuro refletem a incerteza sobre o futuro da economia do país durante o processo eleitoral”, afirmou Guardia.

Segundo ele, durante a eleição, a equipe econômica do governo Temer seguirá monitorando o mercado para fazer intervenções em momentos de excesso de volatilidade.

“Durante a eleição, nosso papel é seguir monitorando a economia e fazer intervenções, como já fizemos quando a moeda argentina se desvalorizou 15%, de forma conjunta do Banco Central e do Tesouro Nacional”, afirmou Guardia.

“Precisamos tirar o excesso de risco dos mercados, e vamos seguir fazendo isso, como quando o Tesouro decidiu não lançar títulos prefixados porque embutem mais riscos em período de incertezas”, destacou o ministro da Fazenda.

Esses títulos pagam uma taxa prefixada e acaba não tendo aceitação da parte de investidores porque podem perder rendimento se as turbulências seguirem fortes, elevando a cotação do dólar e dos juros no mercado futuro.

Depois da eleição, Eduardo Guardia disse que o papel da equipe econômica será fazer uma “transição tranquila e transparente” para o próximo governo.

“Tudo vai depender de quem for eleito, é ele quem vai decidir o que será feito, mas se ele concordar estaremos prontos para ajudar a já encaminhar medidas ainda neste ano e aprovar as que estão no Congresso”, afirmou o ministro da Fazenda.

O elevado grau de indefinição atual sobre a eleição presidencial, segundo Guardia, gera as incertezas atuais na economia, mas ele diz que seja qual for o novo presidente, em sua opinião, será necessário resolver a crise fiscal.

“Ou enfrentamos a crise fiscal ou teremos sérios problemas pela frente na economia”, alertou o ministro da Fazenda.

“Depois da eleição, teremos uma conversa mais profunda com os economistas do novo presidente. Vamos abrir tudo e mostrar a situação econômica do país. Será um transição bem feita, com sugestões e medidas prontas para serem encaminhadas ao Congresso ainda neste ano. Vai depender de quem for eleito, o tom a ser adotado é de quem for eleito”, disse.

O ministro listou as medidas que, em sua avaliação, poderiam ser aprovadas ainda neste ano. “A reforma da Previdência é a prioridade. Já tem uma pronta para ser votada, já ajudaria o governo a começar com a situação fiscal mais tranquila. Depois ele poderia fazer os ajustes que considerar necessário”, afirmou.

Em seguida, apontou a privatização da Eletrobras, o projeto da cessão onerosa que permitirá o leilão de campos de petróleo do pré-sal, a simplificação do PIS/Cofins, a taxação dos fundos exclusivos de investimentos e o adiamento do reajuste dos servidores. “São medidas que vão gerar receita e cortar despesas, ajudando a resolver a crise fiscal”, concluiu o ministro da Fazenda.

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