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Tsunami na Indonésia: imagens de satélite mostram o que restou de vulcão que causou tragédia

Imagens captadas por satélites mostram o que restou do vulcão Anak Krakatau, que entrou em colapso no dia 22 de dezembro de 2018, na Indonésia, gerando o

Tsunami na Indonésia: imagens de satélite mostram o que restou de vulcão que causou tragédia
Tsunami na Indonésia: imagens de satélite mostram o que restou de vulcão que causou tragédia

Redação Publicado em 03/01/2019, às 00h00 - Atualizado às 10h50


Imagens revelam a dimensão de colapso do vulcão e como o formato da ilha mudou após o desastre natural que deixou pelo menos 430 mortos.

Imagens captadas por satélites mostram o que restou do vulcão Anak Krakatau, que entrou em colapso no dia 22 de dezembro de 2018, na Indonésia, gerando o tsunami que matou pelo menos 430 pessoas e deixou milhares de desabrigados.

As más condições climáticas sobre o Estreito de Sunda, que liga o Mar de Java ao Oceano Índico, haviam frustrado o trabalho dos vários satélites na órbita do planeta em busca de imagens ópticas.

Mas a equipe da Planet Labs, empresa americana que desenvolve e opera minissatélites de observação da Terra, conseguiu encontrar janelas nas nuvens.

Imagens capturadas por suas plataformas Dove e SkySat revelam a dimensão do colapso do vulcão, o que permite observar como o formato da ilha mudou após o desastre natural.

O que era antes uma cratera no topo de uma estrutura de 340 metros de altura se abriu completamente formando uma pequena baía.

Minissatélite Dove registra imagens do vulcão uma semana após o desastre (30/12/2018) — Foto: Planet Labs, Inc. via BBC

Minissatélite Dove registra imagens do vulcão uma semana após o desastre (30/12/2018) — Foto: Planet Labs, Inc. via BBC

A agência de desastres da Indonésia diz que o vulcão Anak Krakatau perdeu mais de dois terços do volume (150-170 milhões de metros cúbicos). Acredita-se que grande parte tenha deslizado para o mar no colossal desmoronamento de terra que deu origem ao tsunami.

A Planet Labs, com sede em San Francisco, opera uma das maiores constelações de satélites do mundo.

A extensa rede aumenta as chances de enxergar a superfície quando as nuvens encobrem o alvo a ser registrado.

Os minissatélites Dove, operados pela Planet Labs, capturam detalhes no solo maiores que 3 metros – o que é considerado uma resolução média; já as plataformas SkySat possuem capacidade de alta resolução, capturando detalhes maiores que 72cm.

A SkySat foi responsável pela foto no topo desta página, tirada na quarta-feira (2 de janeiro).

As imagens de satélite obtidas imediatamente após o desastre vieram de uma espaçonave com radar – foram os primeiros indícios de que o vulcão Anak Krakatau havia desmoronado.

Os instrumentos de radar conseguem “atravessar” a nuvem, mas oferecem uma visão muito diferente dos satélites ópticos, e precisam de habilidade específica para serem interpretados.

Imagem do vulcão Anak Krakatau antes do colapso, capturada pelo minissatélite Dove (17/12/2018) — Foto:  Planet Labs, Inc. via BBC

Imagem do vulcão Anak Krakatau antes do colapso, capturada pelo minissatélite Dove (17/12/2018) — Foto: Planet Labs, Inc. via BBC

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