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Tropa de choque agride professores em greve no Rio Grande do Sul

Professores do Rio Grande do Sul foram atacados pela Brigada Militar, nesta terça-feira (27). Há uma semana de greve, os docentes realizavam uma assembleia de

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Redação Publicado em 27/11/2019, às 00h00 - Atualizado às 15h36


Grupo foi repreendido de forma violenta quando tentaram entrar no Palácio Piratini, sede do governo, para uma reunião com o governador Eduardo Leite

Professores do Rio Grande do Sul foram atacados pela Brigada Militar, nesta terça-feira (27). Há uma semana de greve, os docentes realizavam uma assembleia de mobilização na Praça da Matriz, no centro de Porto Alegre, e quando foram entrar no Palácio Piratini, sede do governo, para uma reunião com o governador Eduardo Leite (PSDB), foram impedidos com violência pela tropa de choque da Brigada Militar.

De acordo com reportagem do Sul21 , o tucano se recusou a receber o comando de greve e o documento com as demandas da categoria no Palácio, aceitando recebê-lo apenas na calçada. Incomodados com a postura do governador, um grupo de pessoas que estava atrás do cordão de isolamento, que separava a entrada da sede, teria se revoltado com a decisão e forçado a entrada. Em resposta, a tropa de choque atacou os manifestantes com spray de pimenta e golpes de cassetete. Diante das cenas de repressão, que durou alguns minutos, a direção do sindicato começou a pedir pelo carro de som que os professores se afastassem do local.

A categoria reivindica a retirada do pacote de reforma administrativa , apresentado na Assembleia Legislativa pelo governador, na semana passada. Segundo os professores, as medidas do tucano acabam com o plano de carreira dos servidores públicos. Mais de 1.500 escolas estão fechadas no estado e a greve só cresce, mesmo com o corte de ponto anunciado pelo governo.

“A ameaça de cortar o ponto é pequena perto de um governo que não paga o salário em dia, que com esse pacote imoral quer simplesmente acabar com toda a qualidade de ensino e desvalorizar totalmente a carreira do professor. Então essa ameaça, para quem não paga o salário há 47 meses em dia, para nós não faz a diferença no momento”, afirma a professora Denise Freitas. Segundo a direção do sindicato, entre 15 e 20 mil pessoas participaram da mobilização .

Por Agência Brasil

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