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Thiago Wild, nº 2 do tênis nacional, é indiciado por suposta agressão a ex-mulher

O tenista Thiago Wild, segundo melhor brasileiro no ranking da ATP (Associação dos Tenistas Profissionais), foi indiciado após investigação conduzida pela

Thiago Wild, nº 2 do tênis nacional, é indiciado por suposta agressão a ex-mulher
Thiago Wild, nº 2 do tênis nacional, é indiciado por suposta agressão a ex-mulher

Redação Publicado em 26/10/2021, às 00h00 - Atualizado às 19h24


Paranaense de 21 anos e a biomédica e influencer Thayane Lima terminaram relacionamento em agosto com troca de acusações

O tenista Thiago Wild, segundo melhor brasileiro no ranking da ATP (Associação dos Tenistas Profissionais), foi indiciado após investigação conduzida pela polícia do Rio de Janeiro. Ele é acusado por sua ex-mulher, Thayane Lima, de 30 anos, de violência psicológica, injúria, ameaça e agressão. O inquérito criminal foi remetido à 1ª Promotoria de Justiça de Investigação Penal de Violência Doméstica de Jacarepaguá, e pode ou não ser acolhido pelo Ministério Público.

O tenista Thiago Wild — Foto: Tim Clayton / Getty Images

O tenista Thiago Wild — Foto: Tim Clayton / Getty Images

O jogador paranaense de 21 anos, campeão do torneio juvenil do US Open em 2018, alega por sua vez que foi vítima de extorsão e obteve ação favorável na Justiça do Rio para que Thayane não publique ou mantenha conteúdo em suas redes sociais que mencione detalhes do relacionamento (leia mais abaixo).

Thiago e Thayane iniciaram o relacionamento no começo de 2020 e chegaram a fazer uma declaração de união estável. Ambos moraram juntos em um apartamento na Barra da Tijuca por pouco mais de um ano até que, em agosto passado, a biomédica registrou um boletim de ocorrência contra o tenista na Delegacia de Atendimento à Mulher de Jacarepaguá.

Na ocorrência, Thayane afirmou que teria sido agredida pelo atleta – ferimento em um dedo na mão esquerda. Também relatou que teria sofrido ameaças, recebido xingamentos e sido traída por Thiago. Ela, que também atuava como influencer em redes sociais, alegou ainda que, a pedido do então cônjuge, parou de trabalhar se tornou dependente financeira dele.

A reportagem do ge teve acesso a parte do conjunto de evidências que Thayane e sua advogada, Gabriela Amábile, enviaram à delegada Giselle do Espírito Santo. Há prints de conversas no Whatsapp com ofensas trocadas, fotos e registros de conversas captadas, sejam elas em áudios telefônicos ou encontros pessoais. Em uma dessas conversas, os pais de Thiago e de Thayane estão presentes no apartamento e tentam mediar uma resolução consentida do ex-casal.

Na decisão de indiciamento, a delegada aponta que Thiago cometeu os delitos de injúria, vias de fato e violência psicológica contra a mulher. De acordo com a decisão, à qual o ge teve acesso, os fatos relatados datam de 8 de agosto.

A delegada também pediu uma medida de protetiva para que o tenista não se aproxime da ex-mulher.

Além do inquérito criminal, Thayane e sua advogada ingressaram com ação na esfera cível para pedir indenização por danos morais e materiais.

Acusação de extorsão

No final de setembro, depois que Thayane publicou em suas redes sociais conteúdos nos quais o acusava de agressão, Thiago divulgou um comunicado. Nele, afirmou que a preservação da intimidade do que era discutido entre ambos acabou “após o não pagamento de valores exorbitantes que me foram exigidos para que o rompimento não se transformasse em uma campanha publicamente difamatória ao meu respeito”.

Ele, que atualmente é o número 126 do ranking da ATP, chamou as acusações de Thayane de “desairosas”, “caluniosas”, “fabricadas” e “vingativas”.

Procurado pela reportagem, o tenista enviou um vídeo por meio de sua assessoria de imprensa no qual disse o seguinte:

– Fala, pessoal. Resolvi hoje vir gravar esse vídeo para comentar sobre os acontecimentos das últimas semanas. Eu sei que eu escrevi e falei coisas que não deveriam ter sido ditas nem escritas. Me arrependo desses momentos de exaltação. Fui totalmente exposto por tudo isso. E, por orientação de meus advogados, decidi ficar em silêncio. Mas gostaria de reiterar que não houve abuso psicológico nem agressão física e os processos em curso vão mostrar isso, além de também eu ter sofrido uma tentativa de extorsão. Eu sei que todo término de relacionamento é pesado, doloroso, mas me arrependo muito de como o meu terminou e gostaria de poder voltar meu foco a minha carreira – disse.

A assessoria do tenista paranaense também enviou uma nota à reportagem (leia a íntegra abaixo), na qual afirmou que um juiz do Rio de Janeiro determinou em 17 de setembro “exclusão das publicações em mídias sociais que mencionem o antigo relacionamento”, sob pena de multa diária de R$ 1 mil.

Além disso, a missiva também disse que “áudios e vídeos já apresentados às autoridades competentes comprovam a falsidade e ilegalidade das acusações, além da tentativa de extorsão por parte de Thayane Lima da Silva e pessoas a ela relacionadas”.

Por fim, ela afirmou que a mãe de Thiago, Gisela, registrou um boletim de ocorrência contra o pai Thayane, que teria tentado agredi-la no apartamento que o ex-casal dividia no Rio.

Em meio ao rompimento litigioso, Wild tem disputado o circuito profissional de tênis. Nesta semana, ele joga o Challenger II de Lima, no Peru.

Veja nota enviada pela advogada de Thayane Lima à reportagem:

O indiciamento do investigado põe fim as especulações quanto a autoria dos crimes narrados pela vítima.

Quando uma autoridade policial afirma que há provas materiais suficientes de que o investigado foi autor do crime, não há como continuar afirmando que a vítima está mentindo.

Diminuir a dor da vítima, fazer crer que ela é a culpada pela violência sofrida e tratar a denúncia de um crime como mera vingança, apenas corrobora as provas juntadas ao processo e inquérito policial, em andamento.

Agora, é o momento de olhar para vítima, para que ela consiga recuperar sua saúde mental, material e física.

Veja a nota enviada pelo estafe de Thiago Wild à reportagem:

Todo o processo que envolve Thiago Wild e Thayane Lima da Silva está sendo discutido no âmbito judicial.

O juiz Mario Cunha Olinto Filho, do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, deferiu no último dia 17 de setembro o pedido do Thiago Wild determinando a exclusão das publicações em mídias sociais que mencionem o antigo relacionamento entre as partes e proibindo Thayane Lima da Silva e sua mãe, Hilma Lima da Conceição Claudino da Silva, de fazerem quaisquer publicações sobre o relacionamento, sob pena de multa diária de R$ 1.000,00 (mil reais). Apesar da decisão favorável, as tentativas de intimação realizadas pelo oficial de Justiça foram frustradas diante da não localização de Thayane e Hilma, as quais, segundo informações da portaria do prédio, não atendiam o interfone.

Áudios e vídeos já apresentados às autoridades competentes comprovam a falsidade e ilegalidade das acusações, além da tentativa de extorsão por parte de Thayane Lima da Silva e pessoas a ela relacionadas.

Na última quarta-feira, Gisela Seyboth Wild, mãe de Thiago, registrou um boletim de ocorrência contra o pai de Thayane, que a agrediu no prédio onde fica o apartamento alugado por Thiago e onde ela esteve para retirar os pertences do filho.

Julgamentos nas mídias sociais ou feitos pela opinião pública, sem fundamento jurídico, já causaram a destruição de várias reputações. É a Justiça real que deve prevalecer sempre.

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Globo Esporte
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