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Tevez compara argentinos e brasileiros: “Gosto de ganhar, para eles às vezes não faz diferença”

Carlos Tevez tem um passado vitorioso no Brasil, campeão nacional pelo Corinthians, em 2005. Apesar disso, ao recordar sua chegada ao clube paulista, em

Brasileiros
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Redação Publicado em 30/01/2021, às 00h00 - Atualizado às 19h06


Atacante recorda passagem pelo Corinthians e vestiário difícil no início. Ele ainda revela uma última conversa com Maradona e fala sobre a eliminação para o Santos na Libertadores

Carlos Tevez tem um passado vitorioso no Brasil, campeão nacional pelo Corinthians, em 2005. Apesar disso, ao recordar sua chegada ao clube paulista, em entrevista a “TYC Sports” nesta sexta-feira, o atacante traçou uma comparação pouco agradável entre argentinos e brasileiros.

Os brasileiros são bons, mas eu gosto de ganhar e, para eles, às vezes não faz diferença. É por isso que tive problemas algumas vezes. Entrar no vestiário do Corinthians foi como entrar em uma cadeia.
— Tevez

— Meu primeiro vestiário no Boca foi com grandes ídolos. No Brasil foi totalmente diferente. O início foi duro. Depois, quando viram que eu continuava, que ficaria com eles, e que começamos a ganhar mais dinheiro, coloquei eles no bolso — afirmou.

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Pelo Corinthians, Tevez fez 76 jogos e marcou 46 gols, entre 2005 e 2006, antes de ser negociado com o West Ham, onde começou sua carreira de sucesso na Europa. Desde 2015, o jogador retornou ao Boca Juniors – com um breve hiato em 2017, quando passou pelo Shangai Shenhua, da China.

O camisa 10 esteve em campo nos dois jogos contra o Santos, pela semifinal da Libertadores, e ainda cita a eliminação com tristeza.

— Doeu demais. Primeiro como jogador e depois como torcedor. Dói em dobro para mim, porque você pode fazer as coisas que o torcedor, vendo pela televisão, não pode fazer. Me sinto responsável por não ter conseguido tirar o melhor dos meus companheiros naquele momento.
— Tevez

— Sabíamos que alguma coisa havia se quebrado no grupo. A gente não conseguia se olhar, porque não fizemos o que tínhamos que fazer, o que tinha sido treinado — diz.

Revelado pelo Boca Juniors e com mais de 200 partidas pelo clube, Tevez não esconde a frustração com a eliminação porque tem como grande objetivo a conquista de outra Libertadores, para marcar mais uma vez seu nome na história. Ele foi um dos destaques do título do Boca em 2003, justamente sobre o Santos na final.

Santos x Boca Juniors em 2003 com Diego e Tevez — Foto: Ali Burafi/AFP

Santos x Boca Juniors em 2003 com Diego e Tevez — Foto: Ali Burafi/AFP

— O que me motiva é ficar na história do clube. Sinto que sou o último grande ídolo da era dourada do Boca. Isso me enche o peito, me deixa com um orgulho muito grande. Quero deixar um legado para que saibam como se tem que jogar no Boca. Se eu ganhar mais uma Libertadores, estarei entre os maiores.

Tevez também tinha forte ligação com Maradona, morto em novembro do ano passado. Ele revelou como foi a última conversa que teve com o ídolo.

— A última conversa com Diego foi bem aqui (na casa de Tevez). Fizemos uma chamada de vídeo porque ele queria me cumprimentar. Começamos a conversar um pouco, falamos sobre a vida, sobre nós, como estávamos. Acabou que tirei uma captura de tela dessa chamada e agora fico arrepiado, porque eu estava bem aqui.

Tevez tira a camisa de 2020 para exibir a de 1981, presente de Maradona, e prestar homenagem ao craque em jogo contra o Inter — Foto: Silvio Avila/EFE

Tevez tira a camisa de 2020 para exibir a de 1981, presente de Maradona, e prestar homenagem ao craque em jogo contra o Inter — Foto: Silvio Avila/EFE

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Fonte: GE – Globo Esporte.

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