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Teich: Teste em massa não garante solução, mas a ajuda planejar

Uma das alternativas pensadas pelo governo brasileiro para conter a pandemia causada pela Covid-19 é a testagem em massa da população. No entanto, a

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Redação Publicado em 19/04/2020, às 00h00 - Atualizado às 21h49


Ministro participou de videoconferência com autoridades de saúde do G-20

Uma das alternativas pensadas pelo governo brasileiro para conter a pandemia causada pela Covid-19 é a testagem em massa da população. No entanto, a iniciativa, por si só, não garante que o país vai deixar de apresentar esse quadro rapidamente, segundo disse o novo ministro da Saúde, Nelson Teich, neste domingo (19).

Por outro lado, Teich declarou que os testes permanecem sendo importantes , uma vez que ajudam a entender a evolução da doença e, a partir do diagnóstico, oferecer elementos para que sejam desenvolvidas políticas públicas para fazer frente ao coronavírus.

Sucessor de Luiz Henrique Mandetta, demitido pelo presidente Jair Bolsonaro após discussões públicas e defender diuturnamente o isolamento social, Nelson Teich cumpriu, neste domingo (19), a sua primeira agenda pública à frente da Saúde. Ele participou de uma videoconferência com autoridades de saúde do G-20.

Na reunião, que também teve a participação do diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom, Teich disse ter respostas , entre outros pontos, para a importância da preparação do país para enfrentar a pandemia e da valorização dos serviços médicos e de saúde.

Após uma rodada de debates, Teich gravou um vídeo sobre a testagem em massa de brasileiros. “Testes em massa, não é que a gente vai conseguir testar todo mundo. O simples fato de você fazer testes também não é isso que vai garantir de que a gente vai sair [mais cedo da pandemia]. É a política que você desenha e as ações que você desenha com essa informação que vão definir o quanto e como a gente vai definir como a gente vai seguir e sair desse problema”, disse.

“A utilização de testes nos ajudará a entender melhor a doença e a sua evolução. E, com esta informação, vamos poder preparar melhor o enfrentamento a este problema e como sair dele. Essa capacidade de entender a doença é fundamental. A gente não sabe quanto tempo a gente vai levar para obtermos uma vacina que nos ajude a sair desta situação de uma forma mais simples, a gente não sabe o tempo que isso vai levar, e isso nos obriga realmente a entender o que está acontecendo para que a gente consiga desenhar as políticas e ações que vão nos ajudar a passar por isso da forma mais rápida”, disse ele.

Ainda na videoconferência com o G-20, o ministro  defendeu a importância de órgãos como a OMS, e disse que “claramente órgãos como a OMS são muito importante poque eles ajudam a estruturar operações e avaliações no mundo inteiro”.

“É muito importante que a gente consiga mensurar o que está sendo levado de benefício para esses países [ajudados pela OMS] para que a gente consiga melhorar cada vez mais o impacto da OMS no tratamento e na abordagem dos problemas, principalmente em pandemias como essa. No nosso tratamento do Brasil, a gente sabe que tem sempre um trabalho tripartite, a gente tem todo mundo trabalhando junto”, acrescentou Teich.

IG

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