Técnicos já escoraram 120 metros do viaduto que cedeu na Marginal Pinheiros na última quinta-feira (15) na Zona Oeste de São Paulo. Ainda faltam escorar mais
Redação Publicado em 19/11/2018, às 00h00 - Atualizado às 09h22
Técnicos já escoraram 120 metros do viaduto que cedeu na Marginal Pinheiros na última quinta-feira (15) na Zona Oeste de São Paulo. Ainda faltam escorar mais 80 metros da estrutura de concreto. Estão sendo usadas barras de ferro para impedir que ela cede ainda mais.
O trabalho de sustentação do viaduto não tem prazo para terminar. Equipes estudam ainda a possibilidade de abrir um buraco, uma espécie de janela, na estrutura para avaliar as condições materiais do concreto. A ideia dos engenheiros é que após o escoramento sejam usados macacos hidráulicos para reerguer o viaduto até o nível onde estava antes. Serão usadas dez estacas para dar sustentação ao equipamento.
Veja caminhos alternativos por causa de trecho interditado da Marginal Pinheiros
O viaduto está localizado na pista expressa da marginal, no sentido da rodovia Castello Branco, em frente ao Parque Villa-Lobos.
Vinte quilômetros de extensão da marginal estão interditados por tempo indeterminado. Ainda existe o risco de desabamento no local.
A Polícia Civil investiga as causas e eventuais responsabilidades pelo acidente, que danificou cinco carros e deixou um dos ocupantes com escoriações.
Segundo a Polícia Técnico-Científica, uma das hipóteses é a de que o viaduto cedeu em decorrência de um problema nos chamados travesseiros ou colchões de neoprene, que têm função semelhante a de um “amortecimento” para a estrutura de concreto de viadutos.
No domingo (18) a Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) e a Prefeitura liberaram, com restrição de velocidade, a circulação de trens com passageiros da Linha 9-Esmeralda ao lado do viaduto que cedeu. As estações estavam interditadas desde então.
Ainda no domingo, equipes detectaram um aumento de 3 milímetros nesse desnível. Antes, eles já tinham registrado uma oscilação no mesmo ponto: 1 centímetro do lado direito do viaduto e 1,2 centímetro do lado esquerdo da via. Isso ocorreu por causa da mudança de temperatura na cidade.
Na manhã desta segunda-feira (19), o prefeito Bruno Covas (PSDB) deve se reunir com o comitê de crise para tratar das questões que envolvem o viaduto que cedeu. Diversas autoridades estarão presentes.
Segundo a administração pública, será redigido um decreto para formalizar a criação do comitê de crise, que já se reuniu no último sábado (17).
“O comitê se reúne sempre quando necessário, presencialmente ou por teleconferência. Não há local específico. Os encontros são intersecretariais e subsidiam o prefeito Bruno Covas na tomada de decisões”, informa a nota da assessoria de imprensa da Prefeitura encaminhada ao G1.
Farão parte do grupo de trabalho “os secretários de Mobilidade e Transportes, de Infraestrutura Urbana e Obras, das Subprefeituras, Especial de Comunicação, além do Gabinete do Prefeito.”
“Não há previsão para o primeiro encontro presencial, dependendo dos trabalhos no viaduto”, encerra o comunicado da administração pública.
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