Um Mundial, uma Libertadores e quatro Brasileiros. Estes são alguns dos troféus conquistados pelo Corinthians nos últimos 16 anos. O desempenho em campo ajudou fora das quatro linhas. O clube foi o segundo que menos trocou de técnico desde 2003: 30 vezes. Só o Cruzeiro teve rotatividade menor: 27. Para efeito de comparação, Bahia e Atlético-PR tiveram mais que o dobro de comandos: 63 cada.
Quem mais vezes esteve no Parque São Jorge foi o técnico Tite. Em três passagens, o treinador da seleção brasileira conquistou seis títulos no período. É o comandante mais vitorioso, com 191 vitórias em 370 partidas. A lista de troféus do técnico é extensa: um Mundial (2012), uma Libertadores (2012), uma Recopa (2013), dois Brasileiros (2011 e 2015) e um Paulista (2013).
2003-07: passagem-relâmpago, MSI, título polêmico e queda para Série B
O ex-jogador Junior e atual comentarista do Grupo Globo já se aventurou como treinador no Parque São Jorge. A experiência, porém, não foi tão boa. Ele durou apenas dois jogos no cargo, sofreu duas derrotas e pediu demissão 13 dias após o anúncio.
Em 2004, a MSI (fundo estrangeiro de investimento) firmou parceria com o Corinthians e ajudou a equipe com aportes financeiros fortes. O capital facilitou para a contratação de reforços de peso, como os argentinos Mascherano e Carlitos Tevez e os meias Carlos Alberto e Roger. O resultado foi o título do Campeonato Brasileiro de 2005, ano marcado pela “máfia do apito”.
A parceria, entretanto, rachou por conta de problemas sobre a origem do dinheiro investido e também pelos atritos com os dirigentes do clube. Em 2007, o contrato foi rompido e a parceria terminada. Com o ambiente conturbado extracampo e problemas no futebol, o time caiu de rendimento naquele ano e a má fase culminou no primeiro rebaixamento da história do Timão. Carpegiani, José Augusto (interino) e Nelsinho Baptista comandaram a equipe no Brasileiro de 2007.
2008-10: reconstrução com Mano Menezes e ida para a seleção brasileira
Quando assinou o contrato no fim de 2007, Mano Menezes tinha a missão de levar o Corinthians de volta à elite do Brasileirão. O objetivo não só foi cumprido como também credenciou o treinador a ser contratado como técnico da Seleção. Com ele, o Alvinegro foi campeão da Série B em 2008, faturou o paulista de 2009 e ainda levantou o caneco da Copa do Brasil de 2009. Permaneceu no cargo por 964 dias até deixar o Parque São Jorge rumo à Granja Comary.
2010-16: queda para o Tolima e era Tite
A comemorada classificação para a Libertadores de 2011 teve capítulos curiosos em seguida. Qualificado para a fase preliminar da competição, o Corinthians de Tite viveu a fatídica eliminação para o Tolima. A queda precoce, porém, não foi motivo de demissão e com a confiança no treinador, o Alvinegro foi campeão brasileiro no mesmo ano. Em 2012, os comandados de Tite foram além: levaram a Libertadores sobre o Boca Juniors e o Mundial de Clubes sobre o Chelsea.
Depois da passagem vitoriosa, Tite tirou um ano sabático de estudos para retornar ao Alvinegro para a temporada de 2015. O treinador foi então campeão brasileiro e no ano seguinte convidado a assumir a seleção brasileira.
2017-atualmente: Brasileirão impecável e queda de rendimento
Em 2017, Fábio Carille foi a aposta da diretoria alvinegra para comandar o time. A escolha vista com desconfiança por parte da imprensa e da torcida, no entanto, rendeu excelentes frutos à “quarta força” de São Paulo na temporada passada. O time foi campeão paulista e conquistou de ponta a ponta o Brasileirão, com recorde de aproveitamento no primeiro turno da competição.
Neste ano, porém, o rendimento em campo caiu. O Timão ainda foi campeão paulista com Carille, mas viu seu desempenho reduzir com a saída do técnico e a perda de peças importantes, como Rodriguinho, Jô, Balbuena e Guilherme Arana.
Principais Destaques*:
- Mais jogos na mesma passagem: Tite – 220 jogos (2010-13)
- Mais passagens: Tite – 3 vezes (2004-05, 2010-13 e 2014-16)
- Melhor aproveitamento: Tite – 69% em 99 jogos (2014-16)
- Mais títulos: Tite – 6 conquistas
- Menos tempo: Júnior – 13 dias (2003)
- Pior aproveitamento: Júnior – 0% em 2 jogos (2003)
*Técnicos interinos não incluídos na conta.