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TCE-SP aponta que metade dos alunos não acessou plataforma para assistir às aulas online

Metade dos alunos das escolas da rede estadual não acessou o aplicativo Centro de Mídias para assistir às aulas a distância implementadas pela Secretaria

TCE-SP aponta que metade dos alunos não acessou plataforma para assistir às aulas online
TCE-SP aponta que metade dos alunos não acessou plataforma para assistir às aulas online

Redação Publicado em 04/03/2021, às 00h00 - Atualizado às 22h19


Até 31 de janeiro, 1.672.413 alunos (50,3%) não fizeram login ou qualquer tipo de interação com o aplicativo Centro de Mídias de ensino à distância, segundo dados da Secretaria Estadual de Educação; Pasta diz que a o Centro de Mídias é uma multiplataforma e que, além do aplicativo, conta um repositório, dois canais de TV aberta, Facebook e YouTube e que 57% dos alunos acessaram.

Metade dos alunos das escolas da rede estadual não acessou o aplicativo Centro de Mídias para assistir às aulas a distância implementadas pela Secretaria Estadual de Educação ao longo de 10 meses da pandemia, de acordo com dados divulgados na quarta-feira (3) pelo Tribunal de Contas do Estado de São Paulo (TCE-SP). A rede tem mais de 3 milhões de estudantes.

Até 31 de janeiro, 1.672.413 alunos (50,3%) não fizeram login ou qualquer tipo de interação com a plataforma de ensino à distância, segundo dados da Secretaria Estadual de Educação. Os demais 1.652.594 de estudantes tiveram acesso ao conteúdo por tablets, celulares, computadores e TVs.

Os números de visualizações às videoaulas foram maiores nos primeiros três meses. Em abril de 2020, foram 852.627 registros. Em maio, o sistema apontou 503.812 acessos. Em junho foram 166.017 novos usuários.

No segundo semestre do ano – entre julho e dezembro – houve 130.138 cadastramentos, o que representa uma média de 21,6 mil novos acessos por mês.

A plataforma virtual foi criada para atender 3.325.007 alunos matriculados. É possível acessá-la por meio de um aplicativo em smartphones e computadores. Também há conteúdo transmitido pela televisão, nos canais TV Educação e TV Univesp.

A pandemia deve deixar um legado de ensino à distância. De acordo com Benjamin Ribeiro da Silva, presidente do Sindicato dos Estabelecimentos de Ensino do Estado de São Paulo (Sieesp), todas as escolas e faculdades devem aderir ao EAD. “É o que podemos fazer neste momento e quem não o fizer sucumbirá” afirmou ao G1.

Em nota, a Secretaria da Educação do estado de São Paulo esclareceu que o Centro de Mídias é uma multiplataforma e que, além do aplicativo, conta um repositório, dois canais de TV aberta, Facebook e YouTube.

“O número apresentado pelo TCE só dá conta dos acessos ao aplicativo. As medições dos demais canais não são precisas, por suas particularidades técnicas, e por isso não entram na estatística. O mencionado levantamento, portanto, não reflete o alcance real do ensino remoto no estado de São Paulo.”

A pasta afirma que quase 2 milhões de estudantes assistiram às aulas ao vivo pelo aplicativo do Centro de Mídias em 2020 e realizaram as atividades propostas, o que representa 57% dos estudantes da rede no ano passado. Em 2021, a Secretaria de Educação disse que já registrou aumento do número de acessos ao aplicativo, 2,6 milhões de sessões de usuários únicos (78%) do total.

O orçamento destinado pelo estado para as 5.430 escolas do ensino fundamental e médio entre abril e dezembro de 2020 foi de R$ 93.729.695,58, de acordo com o Tribunal de Contas. O ensino a distância foi adotado pela rede estadual desde 27 de abril do ano passado.

A Secretaria de Educação disse que esse valor não foi destinado unicamente para a implementação do Centro de Mídias da Educação de São Paulo (CMSP), o qual o TCE denomina de “videoaulas”. Dentre os valores acima citados, além da implementação do CMSP, segundo a pasta, inclui-se a aquisição de livros literários, impressão de materiais de orientação a responsáveis e alunos, fascículos com sequências didáticas destinadas aos estudantes da rede estadual, o pagamento de internet patrocinada para estudantes e profissionais da educação, dentre outras ações.

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