A história de Marivaldo, o torcedor do Sport que anda 60km para ver o time de coração
Redação Publicado em 18/12/2020, às 00h00 - Atualizado às 13h51
A história de Marivaldo, o torcedor do Sport que anda 60km para ver o time de coração
Até onde vai a paixão de uma pessoa por um clube de futebol? A história de Marivaldo, fã do Sport que caminha por 60 quilômetros durante 12 horas para acompanhar os jogos do time, virou exemplo para o mundo após a conquista do prêmio Fifa Fan de 2020, destinado ao torcedor do ano. No Brasil, ainda há outras histórias que comprovam não haver resposta – e nem limite – para a questão.
De tatuagem na testa a dentes pintados e casa feita em formato de escudo, confira uma lista de torcedores que foram além na conexão com seu clube de coração. Também ouça abaixo a edição especial do podcast Embolada sobre os bastidores da história de Marivaldo, eleito o fã do ano pela Fifa.
Jairo Mariano da Silva, o Bacalhau, entrou para história do Santa Cruz como torcedor símbolo. Antigo morador de Garanhuns, distante 235 km do Recife, ele tinha a casa toda pintada nas cores do time do coração: vermelho, branco e preto. E esses mesmos tons lhe acompanharam na vestimenta e… nos dentes até o último dia de vida.
Bacalhau deixou o sorriso permanente nas cores do clube para abrir o sorriso em todos jogos do Santa Cruz. Em 2017, após problemas pulmonares, ele faleceu na sua terra natal aos 77 anos.
Morador de Dracena, cidade localizada no interior de São Paulo, Ivo Sergio Pereira Coelho construiu uma casa no formato do escudo do São Paulo.
Arquiteto, foi ele mesmo quem desenvolveu o projeto da casa e também investiu na parte interna com referências ao Tricolor Paulista, com escudo e cores do clube nas paredes.
Alberto Francisco de Oliveira Júnior, conhecido pelas redondezas da Vila Belmiro como Alemão, tatuou o escudo do Santos na testa. Ele também já tinha outros 12 desenhos espalhados pelo corpo em alusão ao Alvinegro Praiano.
Morador de Búzios, no Rio de Janeiro, José Fábio é mais um exemplo de torcedor que usou das tatuagens para expor a paixão pelo clube. Ele começou a colecionar desenhos após o rebaixamento do time em 2002… e chegou na contagem de 73 tatuagens, em 2016, quando foi personagem da matéria do ge. O alvinegro também tem a casa toda em preto e branco.
Dona Salomé é uma torcedora-símbolo do Cruzeiro. Figura frequente nos jogos do time celeste, ela faleceu aos 86 anos após acompanhar a partida que rebaixou o clube à Série B desta temporada. Segundo o filho, a causa foi um problema cardíaco.
Colemar Rodrigues não via o Atlético-GO em campo há 40 anos. Até que, em 2018, ele foi ao estádio de cadeira de roda e com tubo de oxigênio por sofrer com enfisema pulmonar. No fim, viu o time do coração vencer de 1 a 0 o Coritiba, na reinauguração do Estádio Antônio Accioly.
Torcedor símbolo do Coritiba, Jairton da Rocha sofre de atrofia muscular nos membros inferiores, condição que o impossibilita de andar. Mesmo com dificuldades, ele encarou 554km e marcou presença no último jogo da equipe em 2017 em Chapecó. O Coxa perdeu e foi rebaixado, mas ele continuou ao lado do clube.
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GE – Globo Esporte
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