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Surto de coronavírus em Moscou é pior do que parece, diz prefeito

O prefeito de Moscou, Sergei Sobyanin, disse nessa terça-feira (24) ao presidente russo, Vladimir Putin, que o número de casos de coronavírus na capital russa

Surto de coronavírus em Moscou é pior do que parece, diz prefeito
Surto de coronavírus em Moscou é pior do que parece, diz prefeito

Redação Publicado em 25/03/2020, às 00h00 - Atualizado às 10h28


Sergei Sobyanin afirmou que número de casos excede os dados oficiais

O prefeito de Moscou, Sergei Sobyanin, disse nessa terça-feira (24) ao presidente russo, Vladimir Putin, que o número de casos de coronavírus na capital russa excede em muito os dados oficiais. Ontem, Putin vestiu um traje de proteção e uma máscara para visitar um hospital.

O comentário de Sergei Sobyanin, aliado de Putin, foi a indicação mais forte por parte das autoridades russas de que elas não têm uma compreensão completa de quanto o vírus se espalhou por toda a vasta extensão do país.

Até agora, a Rússia registrou 495 casos do vírus e uma morte, muito menos do que os principais países da Europa Ocidental.

Putin disse anteriormente que a situação está sob controle, mas alguns médicos questionaram até que ponto os dados oficiais refletem a realidade. Nessa terça-feira, o governo fechou boates, cinemas e centros de entretenimento infantil para conter a propagação do vírus.

“Uma situação séria está se desenrolando”, afirmou Sobyanin a Putin em uma reunião, acrescentando que o número real de casos não está claro, mas que eles estavam aumentando rapidamente.

Os testes para o vírus são escassos, disse ele, e muitos moscovitas que retornavam do exterior estavam se isolando em casa ou em casas de férias no campo, e não estavam sendo testados.

“Na realidade, há significativamente mais pessoas doentes”, declarou Sobyanin.

Também nessa terça, Putin vestiu um traje de proteção amarelo brilhante para o corpo inteiro e um respirador para visitar um hospital, nos arredores de Moscou, que trata pacientes com coronavírus. Ele elogiou os médicos pelo trabalho.

Reportagem adicional de Polina Devitt, da Reuters, agência de notícias britânica

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